Corpo do jornalista Geraldo Pançardes é enterrado em Barra Mansa

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BARRA MANSA

Foi sepultado na tarde desta terça-feira, dia 27, no Cemitério Municipal, no Centro, o corpo do jornalista e ex-vereador de Barra Mansa, Geraldo de Almeida Pançardes. Ele morreu na tarde da última segunda-feira, dia 26, no Hospital de Emergência de Resende, onde estava internado após uma cirurgia no intestino. Geraldo tinha 78 anos e enfrentava problemas de saúde desde o início de fevereiro. Ele foi fundador de vários jornais, professor de Comunicação Social da antiga Sociedade Barra-Mansense de Ensino Superior (Sobeu), atual Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Sul Fluminense (SJPSF).

Geraldo Pançardes tinha 78 anos e foi um dos pioneiros da imprensa na região

Geraldo foi um dos pioneiros da imprensa na região, fundando o primeiro jornal diário de Barra Mansa: o “Folha Barra-Mansense” (1959); e em seguida “O Sul Fluminense” (1960). Além da comunicação, Geraldo também foi representativo na política, sendo eleito vereador por duas vezes em Barra Mansa. Fundador do Lions Club (Internacional) no bairro Ano Bom, atuou como membro do Rotary Club (Rotary International) e outras tantas instituições e entidades, primando sempre pela comunicação transparente. Geraldo morou por algum tempo em Paracambi, onde foi criador e editor dos jornais “Integração” e “Diretriz”. Há três anos, ele e a esposa Maria Nazareth Rocha Pançardes moravam em Resende.
ALEGRIA E TRANSPARÊNCIA NA COMUNICAÇÃO
Várias gerações de jornalistas, radialistas e demais profissionais de imprensa tiveram o apoio e o incentivo de Geraldo Pançardes. O irmão, fundador e diretor-presidente do jornal A VOZ DA CIDADE, o também jornalista João Baptista Pançardes, falou sobre o legado que Geraldo deixa para o Sul Fluminense. “Ele deixa muitos amigos, muita saudade. Ele foi uma pessoa muito ativa socialmente, engajado em vários empreendimentos. Foi um dos fundadores do Lions Clube no bairro Ano Bom, no qual ajudou muita gente. Ele sempre procurou ser uma pessoa boa, um amigo. Foi o criador da Miss Barra Mansa. Era um bom dançarino e com certeza vai deixar muitas saudades”, declarou João Pançardes.

Muito abalada, a viúva Maria Nazareth também destacou o engajamento social de Geraldo e a paixão pelo jornalismo. “Ele sempre ajudou muito, todo mundo que precisava ele estava disposto a ajudar. Mas o negócio dele era jornal. Chegava a comprar cinco jornais por dia para ficar lendo. Adorava”, disse ela.
O juiz aposentado Paulo de Almeida Pançardes disse que o irmão Geraldo era um idealista e com uma mente inquieta. “Ele sempre viveu pensando nos outros, começou na comunicação, depois se tornou empresário e era muito festeiro. Me lembro quando formei em advocacia em 65, ele me escreveu uma cartinha na qual falava que sabia do meu esforço, mas que pedia que eu tirasse um dia da semana, pelo menos um dia, para atender as pessoas carentes. E isso me marcou muito”.

O presidente do SJPSF, J.C. Moreira falou que a notícia da morte de Geraldo pegou a todos com surpresa, já que aparentemente ele estava bem de saúde. Ao falar do amigo, J.C disse que a região perde um grande mestre do jornalismo. “Perdemos um grande mestre. O Geraldo deixou um legado muito forte na região, é uma perda irreparável. Com ele não tinha tempo ruim. Foi professor, pioneiro na criação dos jornais daqui e ensinou muita gente que hoje está nos grandes centros, como Rio e São Paulo. Ele tinha um jeito prático de ensinar jornalismo, um dom natural, a família toda. A morte dele deixa uma lacuna no jornalismo da região. Perco um parceiro, um amigo, e a classe perde um excelente e exigente profissional”, comentou, frisando que Geraldo era um dos diretores do sindicato.

Pautado nos pensamentos de Fernando Pessoa e sua trajetória de vida, Geraldo Pançardes sempre citava: “Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer”. Além da esposa, Geraldo deixa uma filha, Claudiane Rocha, e uma neta, Paula.

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