Cidadania lançará nome para disputa da prefeitura em 2020

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BARRA MANSA

Eleição municipal se aproximando. Ano que vem as pessoas decidirão os próximos prefeito, vice-prefeito e vereadores de cada cidade. O presidente do Cidadania, antigo PPS, o vereador Thiago Valério (Cidadania) informou que a legenda, na qual é presidente em Barra Mansa, decidiu por ser oposição ao atual governo e que participará das eleições majoritárias de 2020. Segundo ele, o partido trabalhará em uma das três frentes: disputando com um nome a candidato a prefeito, com chapa puro sangue (prefeito e vice-prefeito) ou indicando o nome de um vice.

“O diretório do Cidadania em Barra Mansa, que tem os membros constituídos por eleição até 2022, decidiu apresentar para a população outro caminho. Vamos trabalhar em cima dessas três opções, mas estaremos de qualquer forma disputando a eleição da prefeitura no ano que vem”, disse o presidente do partido. Segundo ele, a administração do atual prefeito Rodrigo Drable (PSC) não tem trabalhado pela cidade da maneira que as pessoas esperavam. Thiago é vereador e desde abril de 2017 tem se colocado contrário a algumas ações do governo, o que de alguma forma configura oposição, mas a decisão de todo o diretório, foi tomada recentemente.

Thiago Valério falou da mudança do nome do partido para justificar também o porquê decidiram participar da eleição majoritária no próximo ano. Antes o Cidadania era o Partido Popular Socialista (PPS) e bem antes ainda era conhecido como PCB – Partido Comunista – Sessão Brasileira da Internacional Comunista. Ele explicou que quando o nome mudou de PCB para PPS, foi para acompanhar o modelo que a população gritava nas ruas. “Agora, mudando para Cidadania, não foi para apagar mazelas de políticos, mas também com esse objetivo, para acompanhar os pedidos de mudança e para ser a mudança. E é isso que queremos para Barra Mansa, acompanhar o desejo das pessoas em mudar, por isso apresentamos essa opção”, contou Thiago, citando que o Cidadania conta com políticos sérios, como o deputado federal Marcelo Calero; o presidente estadual, o ex-deputado Comte Bittencourt; Roberto Freire, Cristóvão Buarque, dentre outros.

O presidente do diretório municipal de Barra Mansa, disse que outras decisões serão tomadas mais para frente, mas o plano de governo já está sendo construído. Questionado se seu nome seria o escolhido para a disputa de prefeito, disse que não apenas o seu, mas outros também estão sendo analisados. Segundo ele, um empresário e uma pessoa da área jurídica estão sendo sondados para ingressar no Cidadania. “O partido está discutindo isso e a pessoa que vier representará os anseios da população”, mencionou, sem dizer quais seriam os outros nomes.

Frisou que ao contrário de muitos partidos, que têm seus diretórios provisórios, se orgulha em saber que o Cidadania, tanto no estadual como no federal, não interferirá nas decisões do município. Além de ter um diretório constituído até 2022, Thiago Valério disse que conta com apoio das executivas.

MOTIVOS

O principal fato motivador para que o Cidadania não seja um partido que dará apoio ao atual prefeito Rodrigo Drable (PSC) à reeleição, é que os membros acreditam que ele não ouve os anseios da população. “Só eu convoquei seis audiências públicas sérias que não tiveram representação de nenhum agente da prefeitura ou do próprio prefeito. E as pessoas querem se manifestar e ele precisa ouvir. E o principal de um governo é ouvir as pessoas, não apenas fazer para determinados grupos. O Cidadania repudia isso”, menciona. Segundo Thiago Valério, as pessoas dizem e ele vê que Barra Mansa não evoluiu. Citou que no próprio plano de governo de Drable existia a intenção de criar secretárias técnicas e isso não existe na prefeitura. Outro ponto é a falta de valorização do servidor.

Questionado se a prefeitura tem mais capacidade para investir do que tem sido feito, o presidente do Cidadania disse que sim, mas não vê isso acontecendo. “Foi aprovado pela câmara e votei contrário a uma isenção do prefeito para empreiteiros que executaram o Minha Casa, Minha Vida. Que matemática louca é essa que quando pode aumentar a arrecadação para a cidade, prefere dar isenção e perdemos ISS”, questiona, mencionando também a base salarial do funcionalismo que é muito fraca e, apesar de existir Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), não foi colocado em prática pelo atual governo. “Se não estava da maneira certa, como ele mencionou, por que não sentou e discutiu com a categoria para fazer um novo e implantar. Não somos oposição de Barra Mansa, queremos que a cidade cresça. Somos oposição a esse tipo de atitude”, concluiu Thiago Valério.

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