Casais contam como será passar o dia dos namorados longe de seus pares por conta da pandemia

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SUL FLUMINENSE

Sexta-feira, 12 de junho, dia dos namorados. Data em que os casais enamorados aproveitam para se presentear sair para comemorar e namorar. Mas neste ano, por conta da pandemia de Covid-19 a data será celebrada de uma forma diferente para alguns casais. À distância.

Juntos há 18 anos o casal Thatiane Araújo e Diogo Baronto, de Pinheiral, irão passara data pela primeira vez separados. Eles já são casados há nove anos, mas nunca deixaram de comemorar a data.  Diogo é técnico em enfermagem e trabalha em um pronto socorro de um grande hospital particular de Volta Redonda. A esposa, Thatiane e o filho Arthur, de cinco anos, são do grupo de risco, o que causou reflexão e a decisão de Diogo se isolar da família.

A história deles já foi retratada pelo A VOZ DA CIDADE no início de maio e causou comoção nas redes sociais porque Arthur sentia a falta do pai e queria abraçá-lo, a solução, foi envolver o pequeno em um ‘plástico do amor’ como ele mesmo apelidou, para enfim conseguir o tão esperado contato físico com o pai.

A comemoração do casal neste ano será bem diferente, sem nenhum beijo de amor. “Diogo está morando na casa debaixo, mas vamos jantar juntos, cada um numa ponta da mesa, sem contato físico, respeitando a distância segura. Não vai ser do jeito que queríamos, mas será do jeito que é possível. Infelizmente temos que nos adaptar aos novos acontecimentos, temos um filho e ele é nossa prioridade neste momento. Por sorte, ainda conseguimos nos manter próximos e conversar todos os dias. Maior prova de amor neste momento, impossível”, cita a jornalista.

Quem também passará o dia mais romântico do calendário separado, mas não sem amor, é o casal Isabelli da Silva Pires e Bleyner da Silva Vieira, ambos moradores de Pinheiral.  Mas morando na mesma cidade, como ao menos, eles não vão se ver? “Bleyner é operador de máquinas, tem contato com muita gente, além de receber muitas cargas de fora, então, ele considera melhor ficarmos afastados para me proteger. Não nos encontramos desde que o isolamento social foi recomendado. É muito difícil manter a distância, mas nos falamos todos os dias pelo telefone, além de fazer chamadas de vídeo, a tecnologia ajuda bastante a matar a saudade”, cita Isabelli que é professora e estudante de nutrição.

Juntos há pouco mais de um ano, a grande comemoração virá depois que toda a pandemia acabar. “Estamos há alguns meses sem nos encontrar, sem se ver, mas o amor é muito grande e combinamos de que quando tudo isso passar, teremos muito tempo para comemorar e cheios de saúde”, aponta a professora.

Também na mesma situação estão o técnico de enfermagem Pablo de Souza e a professora Thamires Barbosa. Eles moram na mesma cidade, Barra Mansa e estão há cerca de três meses sem se encontrar. “Estou na linha de frente de um hospital, não posso correr o risco de contaminar a Thamires, ela tem problemas respiratórios e pais idosos. Em casa também estou isolado. Mas o amor é a prova de que estaremos juntos ao final de tudo isso e teremos muito que comemorar”, destaca.

Juntos há quatro anos, essa não vão ser a primeira vez que vão passar a data longe um do outro. “Nosso primeiro dia dos namorados também foi separados, mas foi diferente, eu estava de plantão e comemoramos um dia depois. Mas desta vez é totalmente diferente, são meses sem um encontro físico, apenas nos falamos por vídeochamadas e telefone. Mas temos amor, um ideal de vida, fé e acreditamos que tudo vai passar e que teremos saúde para comemorar infinitos dias dos namorados”, conclui.

 

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