Cão da raça golden retriever leva suporte terapêutico a crianças autistas em Barra Mansa

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BARRA MANSA

O cão da raça Golden Retriever conhecido como Dom, de apenas um ano e cinco meses, tem ajudado no suporte terapêutico de crianças e jovens com espectro autista. O atendimento é fornecido aos alunos do Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (Cemae) e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

O projeto existe a cerca de um ano e surgiu através da iniciativa do proprietário e responsável pelo cachorro, Fábio Barreto. Ele tinha o desejo de levar bem-estar e amor aos pacientes em centros oncológicos, realizando um trabalho de humanização com o cão terapêutico. Sua proposta foi adequada para o atendimento às crianças com espectro autistas.

De acordo com o adestrador do animal, Gustavo Pacheco, os trabalhos desenvolvidos têm produzido resultados bastante satisfatórios. “Entre as melhorias percebidas estão o estímulo à comunicação, socialização, coordenação motora e a concentração. Esse fator incide diretamente no desenvolvimento geral do cidadão, favorecendo a melhoria na qualidade de vida, inclusive dos familiares”, destacou.

Ainda segundo Gustavo, Dom leva aos assistidos os três ‘C’s, que se traduzem em carinho, conforto e companhia. “Ele ajuda nos exercícios psicomotores realizados durante as terapias com profissionais e nos atendimentos em salas de aula e espaços externos. Também recebe treinamento para seguir comandos e agir tranquilamente em casos de crise e se permite ser tocado pelas crianças. A relação desenvolvida é de extremo afeto e empatia mútua, gerando vínculo social”, explicou.

A demanda atendida é determinada pela gestão administrativa das instituições. Mas, em geral, o percentual de atendimento é de 100%.  Em geral, a duração média das interações é de 90 minutos, podendo variar entre atendimentos individuais e coletivos.

Vivenciando a experiência terapêutica no cotidiano dos alunos, os pais e responsáveis confirmam os benefícios de dom na vida de seus filhos. Maiara Aparecida Lopes Ferreira é mãe de uma criança de quatro anos, portadora do Transtorno de Espectro Autista. “A intervenção assistida trouxe muitas melhorias para a minha filha. Ela já está conseguindo interagir e socializar com as pessoas ao redor. Neste período ela desenvolveu um certo interesse em aprender e a se comunicar, fatores que não ocorriam antes da terapia. Ela tinha um mundo que era único, só dela. Até os profissionais que a atendem perceberam as mudanças. Para mim, estas evoluções são uma grande vitória”, contou.

Ana Paula Gomes é outra mãe que aponta a evolução da filha, também de quatro anos, diagnosticada logo ao nascer com colpocefalia, desordem cefálica rara causada pelo desenvolvimento anormal do sistema nervoso central. “Minha menina ficou mais esperta e teve uma grande melhoria no relacionamento com as pessoas. Ela gosta muito do Dom e fala nele praticamente o dia todo”, contou.

Durante o período das férias a terapia terá uma breve pausa, mas de acordo com o secretário de Educação, Marcus Vinícius Barros, a perspectiva é avançar ainda mais em 2023. “Para o próximo ano, vamos fazer pequenos ajustes e adequar alguns pontos clínicos, como idade, castração e maturidade do cão, visando ampliar os atendimentos, que são feitos de forma voluntária pelo adestrador do cão, Gustavo Pacheco”, ressaltou.

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