Caminhoneiros terceirizados podem fazer paralisação na próxima semana na CSN

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VOLTA REDONDA

Parte de caminhoneiros que são terceirizados da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estão se reunindo para discutir o que será feito quanto a determinação da empresa onde caminhões com mais de 30 anos de uso não poderão mais entrar para pegar ou entregar bobinas de aço. Eles se reuniram no início da noite de segunda-feira, dia 22, e esperarão até a próxima semana, dia 30, por uma resposta da siderúrgica, caso contrário, farão paralisação.

Segundo o novo presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac), Luis Claudio da Silveira Bugarim, isso não acontece em nenhuma empresa da região e, se for mantido, já prejudicaria cerca de 45 trabalhadores nesse ano e outros 30 no próximo. “Fizemos o comunicado da paralisação para a CSN por email no dia 18 e pedimos que levasse em consideração os anos que os caminhoneiros estão prestando serviços para a empresa, sem causar qualquer prejuízo O Sinditac-VR propôs que a CSN mantenha os caminhões que hoje prestam serviços a ela, por uma questão social, e esse critério de anos de caminhão seja cobrado, sim, mas apenas dos veículos que vierem se cadastrar na empresa pela primeira vez”, disse, completando que assim a siderúrgica conseguiria gradativamente atingir seu objetivo de melhora nos anos dos caminhões.

Luis Cláudio disse que atualmente fica difícil a empresa exigir estado de conservação dos caminhões, devido à pavimentação no interior da Usina Presidente Vargas, que tem trazido prejuízos aos caminhoneiros. Além disso, apontou sobre o frete pago para transportadoras, no valor de R$ 1.560 para 25 toneladas CSN x Parque Marília, mas os caminhoneiros só recebem R$ 500. Esse valor repassado pelas transportadoras dificulta até mesmo a troca de veículos. “Temos ainda o problema das diárias que não são pagas pela CSN, contrariando a Lei 11.442/07, que diz que passou cinco horas para carregar ou descarregar é preciso que a empresa pague a diária aos caminhoneiros. Muitos ficam 20 horas lá dentro”, destacou.

O A VOZ DA CIDADE procurou a assessoria de imprensa da CSN, mas não obteve respostas acerca da proibição da entrada de caminhões com mais de 30 anos de uso até o fechamento desta edição.

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