Barra Mansa e Volta Redonda realizam atividades para comemorar Dia Internacional da Síndrome de Down

SUL FLUMINENSE

Para comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Barra Mansa realizou uma série de atividades reforçando a importância da data, já em Volta Redonda aconteceu o 1º Movimento de Conscientização da Síndrome de Down.

O dia foi animado para os alunos da Apae de Barra Mansa, durante a manhã eles estiveram juntos com os pais e funcionários na Praça da Matriz, no Centro, entregando panfletos de conscientização sobre a data. Já na parte da tarde eles puderam participar de uma roda de conversa com uma médica para falar sobre os cuidados com a saúde.

A assistente social, Ingrid de Carvalho, falou sobre importância de comemorar a data. “É importante realizarmos essa mobilização no Centro da cidade também para levarmos eles além da associação. Para chamar atenção das pessoas e mostrar que eles estão aqui, que pertencem a cidade como qualquer outro e que podem ocupar esse espaço”, falou.

Na parte da tarde a conscientização foi na área da saúde. “A roda de conversa também é uma forma de orientação e aprender sobre a Síndrome de Down. Puderam participar do encontro não só os pais e alunos, mas também os funcionários e toda a comunidade”, informou Ingrid.

A Apae de Barra Mansa oferece serviços tanto na área da saúde quanto na educação, uma das mais populares e divertida entre os alunos é a escolha dos autodefensores.

A professora, Thamires Aparecida, explica que a autodefensoria é um projeto que nasceu com a Apae e visa que os próprios usuários tenham a capacidade de expressar seus anseios e reivindicações. “Realizamos uma eleição a cada dois anos em que só os alunos com mais de 16 anos e que estejam matriculados participam e escolhem um colega para representa-los. Durante esses anos realizamos reuniões quinzenais entre eles para que os alunos possam conversar sobre as suas demandas e apresentar para o grupo. Esse é um espaço em que eles têm a oportunidade de falar e serem ouvidos”, explicou.

Geralmente são escolhidos dois autodefensores, um homem e uma mulher. Neste ano estão nos cargos, os representantes Fabrício Domingues, de 22 anos, e Ana Carolina, de 28 anos. Fabrício conta que adora ser um autodefensor “Eu gosto. No que puder ajudar eu ajudo”, disse.

Mas ele explica que seu sonho mesmo é ser famoso e que para isso já tem até um canal no Youtube: @fabriciomdomingues. “Meu sonho é ficar famoso fazendo teatro e conhecer a Itália, porque o primo do meu pai já morou lá”, falou.

A Apae de Barra Mansa fica na Rua Ari Fontenele, no Centro, e conta atualmente com mais de 50 alunos com síndrome de Down, com idade entre 11 meses e 50 anos, e outros 269 usuários com deficiências intelectuais.

PRIMEIRO MOVIMENTO DE CONSCIENTIZAÇÃO

Em Volta Redonda para comemorar a data, a Praça Sávio Gama, no bairro Aterrado, recebeu o 1º Movimento de Conscientização do Dia Internacional da Síndrome de Down. Organizado pelo projeto Amigos Especiais, o evento contou com o apoio da prefeitura, por meio das secretarias da Pessoa com Deficiência (SMPD), de Administração (SMA) e de Ação Comunitária (Smac).

Durante o evento, as crianças puderam aproveitar atividades com bicicletas e skates adaptados, trazidos pelo Grupo Mães e Amigos Especiais (MAE). O objetivo foi promover a inclusão por meio de brincadeiras e entretenimento. Os equipamentos foram adaptados para pessoas com paralisia cerebral e outras deficiências, que possuem dificuldade na mobilidade. As atividades com as crianças com Síndrome de Down também envolveram ações promovidas pelo Grupo Bike Anjo.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Volta Redonda (OAB-VR) também participou da iniciativa, durante a ação os representantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência: os advogados Renata Ramos e Renato Oliveira orientaram os participantes sobre os direitos da pessoa com deficiência. Os representantes informaram ainda que a Ordem está estudando, em parceria com a secretaria da Pessoa com Deficiência, disponibilizar um dia de atendimento por semana na sede da SMPD.

Uma das responsáveis pelo movimento, Ingrid Oliveira, falou que a iniciativa deve continuar nos próximos anos. “Decidimos fazer esse movimento para que todos os anos, no mês de março, a gente possa estar relembrando que as pessoas com Síndrome de Down precisam do seu espaço, elas têm um tempo diferente para conquistar as coisas, um tempo diferente de aprendizado, tem comorbidades, algumas questões de saúde que precisamos estar sempre observando, mas tem tanta capacidade como qualquer outro”, frisou.