Barra Mansa deve ter mais de mil unidades do ‘Minha Casa, Minha Vida’ até 2020

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BARRA MANSA

Com um déficit habitacional estimado em 5,6 mil unidades, segundo dados do Ministério da Cidade, a cidade deve ter mais de mil casas construídas até 2020. A informação foi dada pelo secretário municipal de Habitação, Alberto Carneiro, em entrevista exclusiva ao A VOZ DA CIDADE. Atualmente já estão em construção no município 680 unidades do “Minha Casa, Minha Vida”, 240 no bairro Paraíso de Cima e mais 440 no Santa Izabel. As obras ocorrem em parceria com o Governo Federal, através da Caixa Econômica, e têm duração de 18 meses. A previsão é que elas sejam entregues em novembro do ano que vem.

Carneiro explicou que esses imóveis são da faixa I e formarão condomínios a céu aberto voltados para famílias de renda mensal de até R$ 1,6 mil. Ele informou que os empreendimentos estão sendo erguidos pela construtora Mello e Azevedo S.A., que conta com uma experiência de já ter feito 70 mil unidades do “Minha Casa, Minha Vida”.

As casas terão 35 metros quadrados, com sala, cozinha, dois quartos, banheiro e área de serviço. O investimento gira em torno de R$ 78 milhões. Além do Paraíso de Cima e Santa Izabel, o planejamento da Secretaria de Habitação prevê que em breve os bairros Ano Bom e Siderlândia também recebam empreendimentos do “Minha Casa, Minha Vida”, fazendo com que o número de unidades construídas na cidade até 2020 chegue a 1,1 mil.

INSCRIÇÕES

O secretário de Habitação revelou ainda, que é preciso definir alguns prazos junto à construtora responsável e a Caixa Econômica Federal, mas disse acreditar que o processo de inscrição deve ter início no fim deste ano e destacou que esta é uma oportunidade para muitas famílias saírem do aluguel. “Nós não queremos que a inscrição possa ser vista como ação eleitoreira, então, vamos esperar para que não haja interferência no processo eleitoral. Serão 90 dias de cadastro. As pessoas podem ficar tranquilas que não será por ordem de chegada e vai haver um chamamento público, tudo muito transparente conforme prevê a lei”, garantiu, informando que as pessoas serão contempladas de acordo com os critérios definidos pelo Ministério das Cidades, que privilegiam o candidato que mora em área de risco e está em condições de vulnerabilidade social. Carneiro frisou que pessoas que já fizeram o cadastro anteriormente terão que se submeter a uma atualização dos dados.

RESGATE SOCIAL E EMPREGOS

O “Minha Casa, Minha Vida” costuma ser associado ao aumento da criminalidade no local onde é construído, questionado sobre isso, Carneiro disse que esse fator foi levado em consideração na estratégia de construção, mas frisou que o programa é a chance de transformação social para muitas famílias. “Também tivemos esse cuidado na hora de escolher os locais para construção e vamos estar presentes para monitorar após a entrega das unidades, assim como a população deve estar atenta e denunciar, caso haja alguma irregularidade. O Paraíso de Cima, por exemplo, talvez seja uma chance para as pessoas daquela região mudarem a realidade delas. A construção de um empreendimento desses vai trazer investimentos para o local, que hoje não existem. Vai ser a melhoria da estrutura; com água, esgoto e empregos. Diretamente uma pessoa será empregada para cada unidade construída, então somente nesses três empreendimentos que estão sendo erguidos temos pelo menos 680 pessoas empregadas” disse, completando:

“Toda mudança traz um transtorno inicial, no caso desses empreendimentos pode ser pelo barulho das máquinas, o aumento do fluxo de veículos, crescimento populacional, mas isso é viver em sociedade. A cidade cresce e cobra isso das pessoas e precisamos levar em conta o ganho coletivo”, considerou Carneiro.

 

 

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