Apae-BM busca profissionalizar assistidos

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BARRA MANSA

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae-BM), que atualmente atende cerca de 212 assistidos no município, sobrevive através do apoio do poder público municipal, federal, arrecadações e doações. A associação oferece os serviços gratuitos a pessoas deficientes de todas as idades e realiza uma mobilização social prestando serviços de educação, saúde, assistência social, e, além disso, prepara os assistidos para o mercado de trabalho. Durante o tempo que a pessoa passa na instituição, recebe a capacitação para ser um bom profissional, com atividades que visam adaptar e tornar o indivíduo mais independente. Uma equipe formada de profissionais, pela parte pedagógica e equipe técnica, é direcionada para preparar os assistidos para a função.

De acordo com os dados da Agência Brasil, quase 24% dos brasileiros (45 milhões de pessoas) possui algum tipo de deficiência, e segundo a Lei de Cotas (Lei nº 8213/1991), se a empresa tem entre 100 e 200 empregados, 2% das vagas devem ser garantidas a beneficiários reabilitados e pessoas com deficiência. Essa porcentagem varia de acordo com o número total de contratados, chegando a um máximo de 5% caso haja mais de 1.001 funcionários.

Com isso, a associação identifica a atividade que a empresa precisa e então ajuda o assistido a desenvolver as habilidades necessárias. Segundo o Presidente da Apae-BM, Guilherme Ribeiro Fonseca, exercer uma função profissional pode ajudar a ultrapassar as dificuldades de inserção social. “Temos pessoas assistidas na Saint Gobain, nas farmácias e supermercados etc. Nem todas as deficiências se adéquam a atividade laboral, mas nosso objetivo é incluí-los da melhor maneira possível no mercado de trabalho”, disse.

De acordo com a professora, Tamiris Teixeira, responsável pelo mercado de trabalho da Apae-BM, o treinamento com os assistidos, é realizado também com o acompanhamento de psicólogos. “Nós ensinamos valores, noção de hierarquia atendimento ao público, entre outras capacitações. Eles aprendem sobre os comportamentos no trabalho”, ela ainda disse que mesmo depois que o assistido já conseguiu o emprego, o acompanhamento continua sendo feito, para que se possa continuar aprimorando as habilidades e dando suporte.

Essa mobilização ajudou com que Magno Lodislau, de 21 anos, um dos assistidos pela Apae, conseguisse seu primeiro emprego. Ele é acompanhado pela associação desde que nasceu e há oito meses ingressou na empresa Viação Resendense. “Desde que comecei a trabalhar, senti que consegui me abrir mais para conversar com outras pessoas”, afirmou ele, e, completou dizendo que se sente feliz trabalhando e que é gratificante a satisfação de poder ajudar em casa.

SOBRE A ASSOCIAÇÃO

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae ) nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. O principal objetivo é promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla.  A Apae-BM surge em 22 de maio de 1971. Sua criação originou-se do movimento de pais e amigos de pessoas com deficiência, motivados pela necessidade de ajudar. Tem como missão promover ações de defesa de direitos de prevenção e orientação de prestação de serviços e de apoio à família direcionada a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência. Sua modalidade de atendimento divide-se em: Triagem, estimulação e educação precoce, atendimento clínico, educação básica, educação profissionalizante, educação de jovens e adultos e centro de convivência; além de contar com outras atividades.

Quem deseja contribuir com associação pode ligar para o Telemarketing da Apae-BM pelo número (24) 3322-4569 ou (24) 3323-1376. Para outras informações, entrar em contato pelo telefone (24) 3323-0342.

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