Angra 1 é reconectada ao sistema interligado após parada de reabastecimento

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ANGRA DOS REIS

Angra 1 foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta terça-feira (18), à 1h55min, após parada de reabastecimento de combustível. A volta à operação se deu com três dias de antecedência em relação ao que foi acordado com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A usina está em processo de elevação de potência e deve atingir 100% na sexta-feira (21).
A unidade foi desligada em 17 de abril para a troca de um terço do combustível. Também foram realizadas atividades de inspeção e manutenção periódicas, além de modificações de projeto, que precisam ser feitas com a usina desligada.
Quase 3 mil tarefas foram executadas durante o período. Entre as principais, estão a revisão de vários transformadores; a substituição do rotor da excitatriz do gerador elétrico principal; a substituição do motor e a revisão dos selos de uma bomba de refrigeração do reator; a inspeção visual de soldas do sistema primário; e a inspeção visual remota das soldas externas do fundo do vaso do reator. Também foram realizadas inspeções visando à extensão da vida útil de Angra 1.
Como a parada foi feita durante a pandemia, uma série de medidas de mitigação da covid-19 foram tomadas pela Eletronuclear, começando pela redução do escopo das atividades. Também foram adotadas medidas de distanciamento social; os trabalhadores, próprios e contratados, passaram por treinamento de prevenção ao coronavírus; e houve um grande esforço de comunicação das medidas preventivas, incluindo a preparação de uma cartilha.
Balanço positivo
Segundo o superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira, o balanço foi extremamente positivo, na medida em que não houve nenhum incidente operacional relevante e foi possível retornar a usina ao SIN antes da meta. “Todas as atividades planejadas foram executadas, e todos os testes de proteção e operabilidade dos equipamentos de segurança foram concluídos com sucesso”, ressalta.
No entanto, Abelardo também destaca que realizar uma parada durante a pandemia foi algo bastante desafiador. “As medidas de proteção contra a covid-19 foram implementadas e reiteradas no dia a dia, o que exigiu um enorme esforço de reflexão e de tomada de ações diárias para torná-las robustas. Foi uma parada atípica, mas executada de forma brilhante, devido à grande competência do nosso corpo técnico e gerencial. Agradeço a todos que participaram dessa empreitada”, afirma.
O diretor de Operação e Comercialização, João Carlos da Cunha Bastos, acrescenta que o empenho de toda a empresa foi fundamental para o êxito da parada de reabastecimento de Angra 1. “Todas as diretorias da Eletronuclear se dedicaram para que pudéssemos realizar o que estava planejado. Esse apoio à operação foi ainda mais importante por conta da pandemia do coronavírus. O desafio foi grande, mas conseguimos superá-lo”, conclui.
Já o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, frisa que a volta à operação de Angra 1 é especialmente importante no momento atual, em que o país enfrenta uma crise hidrológica grave. “Estamos entrando no período seco, que vai até novembro. Isso significa que a tendência é contarmos ainda menos com as hidrelétricas no futuro próximo. Nesse contexto, a geração de Angra 1 será fundamental para garantir segurança de abastecimento ao SIN”, avalia.

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