Adolescente morre ao contrair raiva em Angra dos Reis e SES emite alerta ao estado

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ANGRA DOS REIS

Na última terça-feira, dia 16, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) emitiu um alerta para os municípios fluminenses sobre a primeira morte por raiva humana, após quase 14 anos sem incidências. Trata-se de um adolescente de 13 anos, que foi mordido por um morcego, em Angra dos Reis, no Parque Mambucaba.  O último óbito pela doença no estado ocorreu em 2006, em São José do Vale do Rio Preto .

O jovem foi mordido no fim de janeiro e os primeiros sintomas apareceram em 22 de fevereiro. No dia 7 de março o jovem foi internado e dias depois, transferido para um hospital de referência para esse tipo de caso, no Rio de Janeiro. O adolescente veio a óbito no dia 30 de março, dez dias depois da confirmação da doença.

Segundo detalhou a Prefeitura de Angra dos Reis, ao ser levado ao Hospital Municipal da Japuíba (HMJ), onde recebeu soroterapia, o jovem foi orientado a retornar para fazer as doses de vacinas indicadas na UPA Infantil e não compareceu.  “Após quase dois meses, o paciente retornou para o HMJ apresentando paralisia flácida aguda nos membros inferiores. O quadro evoluiu rapidamente para insuficiência respiratória aguda”, explicou a nota.

Após isso, não houve novas notificações de casos de raiva. Segundo a SES, o caso foi divulgado apenas está semana porque estava sendo feita a checagem oficial e com o início da pandemia o processo foi prejudicado.

Alerta

A SES informou que, após a confirmação do caso, foi encaminhado informe aos municípios alertando sobre os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS), para evitar casos de raiva no estado. Em uma reunião realizada no dia 10 de junho, com representantes das 92 secretarias municipais do estado foi feito um alerta sobre os protocolos de segurança e a necessidade de manter as equipes de vigilância locais capacitadas. A pasta também informou que há indicativo no MS e que haverá envio de vacina antirrábica animal para realização da campanha até novembro.

Sobre a doença

Segundo explicou a Secretaria de Saúde de Angra, a raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação de vírus do gênero Lyssavirus presente na saliva ou em secreções de um mamífero infectado, principalmente pela mordedura. “Em caso de contato ou ataque de algum animal que possa estar infectado, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico”, orientou o Setor de Epidemiologia.

“O esquema de prevenção da raiva humana deve ser prescrito pelo médico ou enfermeiro. Vale lembrar que, por orientação do Ministério de Saúde, para controlar a escassez da vacina em todo o território nacional, os municípios devem centralizar a oferta da imunização em uma unidade. No caso de Angra dos Reis, a vacina contra a raiva humana está disponível para a população na UPA Infantil Agda Maria, na Japuíba, mediante orientação profissional”, explicou a prefeitura.

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