Secretaria confirma dois casos de febre amarela no estado; morador de Valença é um dos infectados

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RIO DE JANEIRO/VALENÇA
A Secretaria de Estado de Saúde confirmou nesta sexta-feira, dia 12, dois casos de febre amarela em humanos no Rio de Janeiro. Um morador de Teresópolis morreu e o outro paciente, morador de Valença, encontra-se internado. Os casos foram confirmados nesta quinta-feira, dia 11, após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz.

A pasta esclarece que a cobertura vacinal nos municípios de Teresópolis e Valença é superior a 80%. A Secretaria de Estado de Saúde já disponibilizou doses suficientes para vacinar 100% da população das duas cidades e recomendou às prefeituras que intensifiquem a vacinação, especialmente nas áreas de mata.

Desde janeiro de 2017, a secretaria vem adotando medidas preventivas e, antes mesmo de registrar os primeiros casos no território fluminense, a secretaria iniciou a criação de cinturões de bloqueio, recomendando a vacinação contra a febre amarela principalmente em municípios de divisa com Espírito Santo e Minas Gerais (áreas de risco para a doença). Desde julho do ano passado, todos os 92 municípios do estado já estão incluídos na área de recomendação da vacina e a campanha de vacinação permanece.

A subsecretaria de Vigilância em Saúde vem realizando mensalmente reuniões com os secretários de saúde dos 92 municípios do estado para acompanhar a situação vacinal e o desenvolvimento da doença em cada região. Os casos registrados até agora são do tipo silvestre, transmitido pelas espécies de mosquito Haemagogus e Sabeths, presentes em áreas de mata. Não há registro da forma urbana da doença, transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942 no país.

A secretaria reforça a importância das pessoas que ainda não se vacinaram buscarem um posto de saúde próximo de casa para serem imunizadas. A única forma de evitar a febre amarela é através da vacinação.

Quem deve se vacinar?

A Secretaria de Estado de Saúde recomenda a vacinação de pessoas a partir dos 9 meses de idade. a imunização é contraindicada para: pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados; pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde; ou ainda pacientes com doenças que causam alterações no sistema de defesa (nascidas com a pessoa ou adquiridas), assim como terapias imunossupressoras – quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides, por exemplo.

Em todos os municípios do estado, incluindo a capital e a Região Metropolitana, a vacinação está sendo realizada de forma escalonada.

Quais são os principais sintomas?

Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), problemas no fígado e nos rins, hemorragia e cansaço intenso.

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