Sindicato debate estratégias para enfrentar dificuldades causadas pela Reforma Trabalhista

0

VOLTA REDONDA

O seminário de planejamento estratégico realizado, no último final de semana, no município, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da cidade e região, debateu, entre outros assuntos, estratégias para enfrentar dificuldades causadas pela Reforma Trabalhista. O evento, que contou com a participação dos diretores da entidade sindical, discutiu também sobre os prejuízos causados aos trabalhadores. Foram dois dias de discussão na sede do Sindicato, no bairro Conforto.

O presidente do Sindicato, Sebastião Paulo de Assis, falou sobre sua preocupação e os efeitos da Reforma Trabalhista para o setor da Construção Civil, principalmente em relação à manutenção de benefícios. Relatou que, com isso, os patrões já estão arrochando cada dia mais as campanhas salariais e querendo de todas as formas retirar direitos dos trabalhadores.

Ainda segundo Sebastião Paulo, antes da aprovação da Reforma Trabalhista já estava difícil, agora piorou. “Temos que planejar e elaborar estratégias de enfrentamento para que o trabalhador não tenha mais perdas com essa reforma”, frisou, ressaltando que, ao mesmo tempo o sindicato tem que buscar a sustentabilidade da entidade porque precisa manter de pé para defender o trabalhador.

Assessorado pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção (Conticom) e da Madeira (Conticom/CUT), Claudio da Silva Gomes, o seminário atraiu a atenção de todos os participantes. Cláudio lembrou que, no encontro do ano passado já tinha feito um amplo debate sobre essa reforma com todos os diretores do Sindicato.

REFORMA MEXEU NA ESSÊNCIA DO SINDICALISMO

O presidente da Conticom disse também que, os participantes falaram que a Reforma Trabalhista ia passar e também a reforma sindical, que mexeu na essência do sindicalismo, na capacidade de negociação e na sustentação financeira dos sindicatos. Para ele, isso é a lógica do capitalismo. Ressaltou ainda que, o movimento sindical liderou várias ações para avançar com conquistas sociais. “Sabemos que quem luta pela igualdade nesse país  responde com a vida”, destacou.

Cláudio destacou ainda que, para barrar a força do movimento sindical, criaram uma legislação que tira dos sindicatos a condição de fazer e estão tentando passar a imagem de que o sindicato é incapaz e não precisa da contribuição das categorias. Para o presidente da Conticom, o cenário atual é de incerteza e injustiça tanto para os trabalhadores quanto para sindicatos, e que daqui para frente é preciso criar um novo sindicalismo e uma nova forma de trabalhar.

Além da diretoria do Sindicato da Construção Civil de Volta Redonda, o seminário contou também com a presença do integrante da Direção Executiva da CUT-Rio, Jadir Baptista.

Deixe um Comentário