XII Seminário Internacional de Energia Nuclear abordará o impacto da retomada de angra 3 na economia do estado

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ANGRA DOS REIS

Acontece entre os próximos dias 25, 26 e 27 de agosto o XII Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2021, na ocasião, será debatida a retomada das obras de Angra 3.

O membro do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Firjan, Antônio Muller, vai representar a entidade no evento e destaca que com a retomada das obras, a capacitação tecnológica e da engenharia do Estado do Rio de Janeiro deverá ser restabelecida rapidamente nos próximos anos. “Isso certamente trará impacto no fornecimento de equipamentos de porte, combustível nuclear e operação, além da criação de empregos de alto valor agregado em todos os segmentos, engenharia, construção, montagem e fornecimento de materiais e equipamentos’, analisa.

Segundo Antônio Muller, o Estado do Rio de Janeiro tem desde os primórdios da Implantação de Usinas Nucleares uma atuação especializada com muita tecnologia e competência. “O início desta postura tecnológica deu-se com a definição de Angra 1. Nesta fase iniciou-se a capacitação de engenharia de projeto, fornecimento, de construção, montagem e operação.

Com o Acordo Brasil-Alemanha, esta capacitação foi ampliada com a criação da Eletronuclear (ex-Nuclen), Nuclep e INB. Porém, com a parada de Angra 3 esta capacidade reconhecidamente desenvolvida em todas as fases do empreendimento foi bastante prejudicada, explica o representante do Conselho de Energia da Firjan. Com o reinício de Angra 3, esta capacidade será reestabelecida”, aponta Muller.

Na Mesa sobre o tema estarão presentes também o Diretor de Programa do Ministério de Minas e Energia (MME), Anderson Marcio de Oliveira; o Diretor Técnico da Eletronuclear, Ricardo Luís Pereira dos Santos; a Diretora Financeira da Eletrobrás,  Elvira Presta, e  os especialistas Claudio Almeida, da Associação Brasileira de Energia Nuclear – ABEN, como moderador, além da empresa  selecionada pelo BNDES para estruturar o projeto de retomada e conclusão das obras da usina – a TRACTEBEL.

Retorno comemorado

Iniciada em 1984, a construção de Angra 3 foi interrompida duas vezes — a última em 2015, quando pouco mais de 60% do empreendimento já tinham sido concluídos. Prevista para entrar em operação no fim de 2026, Angra 3 vai gerar mais de 10 milhões de MWh por ano, energia suficiente para atender aproximadamente 6 milhões de residências. Além disso, como se trata de geração sem dependência de condições climáticas, a usina contribuirá para o aumento da confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN).

A unidade terá potência instalada de 1.405 MW e cerca de 82.000 m² de área construída, o equivalente a dez campos de futebol. Com investimentos previstos de R$ 15,5 bilhões nos próximos cinco anos, Angra 3 concentra todas as atenções do setor, pois sua implementação abre caminho para inúmeros outros projetos no campo da tecnologia nuclear.

SIEN 2021

Em sua programação, o XII SIEN debate, Além da retomada da usina Angra 3, diversas questões de interesse da cadeia da indústria e da sociedade em geral, como a tecnologia de pequenos reatores e reatores modulares (SMRs), segurança cibernética, aplicações da radiação na agricultura, medicina nuclear, saneamento, aplicações na indústria do petróleo e a construção de novas plantas nucleares no País. No modo online, respeitando todos os protocolos da Covid-19, o evento recebeu em 2020 quase 3.000 acessos durante os três dias de debate. O último dia será voltado para os debates voltados para as questões da comunicação, tema estratégico para conscientizar a sociedade sobre os benefícios socioeconômicos e ambientais da tecnologia da radiação.

 

 

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