Três cidades da região investigam seis casos suspeitos da Varíola dos Macacos

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Levantamento apontou casos suspeitos em Barra do Piraí, Resende e Quatis

SUL FLUMINENSE

Em maio deste ano, iniciou o atual surto da Varíola dos Macacos (Monkeypox). E, desde então, segundo levantamento recente da iniciativa Global Health, em 83 países, já são quase 25 mil pessoas infectadas com o vírus. Na Região Sul Fluminense, apesar da tranquilidade da maioria das Secretarias de Saúde, até ontem, dia 8, três cidades – Barra do Piraí, Resende e Quatis – registraram juntas seis casos suspeitos da doença, que já estão sendo investigados, segundo levantamento do A VOZ DA CIDADE.

Em Barra do Piraí, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), recentemente, foi registrado um caso suspeito e descartado. “Agora estamos com duas notificações sendo investigadas epidemiologicamente. Enviamos amostra coletada para o Lacen e estamos aguardando, pois a confirmação é laboratorial”, informou a Secretaria de Saúde, ressaltando que está sendo montada uma agenda de treinamento e protocolos a serem divulgados. A secretaria apontou que tão logo esteja pronto, iniciarão a capacitação pelos hospitais públicos e particular.

Já a Secretaria de Saúde de Quatis informou que, no momento, está com três casos suspeitos. Estão sendo monitorados e em breve será divulgado um fluxograma para realização dos testes que serão feitos no próprio município e enviados ao Lacen, que é o laboratório de referência do Estado. Sobre orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES), em relação à Monkeypox, foram recebidas por meio de Nota Técnica SUBVAPS/SES N°22/2022. “Estamos seguindo as recomendações, como a de prevenção da OMS que é o uso de máscaras. Qualquer pessoa da cidade que apresentar início súbito de lesão em mucosa ou erupção cutânea, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, deve procurar atendimento médico no Hospital São Lucas”, informou a nota.

Na cidade de Resende, segundo a SMS, foram registrados três casos suspeitos e investigados, sendo dois descartados e um aguardando resultado. O município realiza treinamento para os profissionais de saúde, disponibiliza protocolos da SES e Ministério da Saúde específicos sobre atendimento clínico, notificação, monitoramento, medidas de prevenção e acompanhamento dos casos suspeitos e confirmados da doença. Todos esses protocolos são encaminhados para os hospitais e unidades de saúde de referência do município. Temos duas equipes capacitadas para realização de coleta de exame para confirmação diagnóstica.

ATENÇÃO NAS DEMAIS CIDADES

Em Itatiaia, a Vigilância Epidemiológica Municipal também está recebendo Notas Técnicas e orientações da SES e do Ministério da Saúde em tempo real. Estes documentos são repassados à Direção do Hospital Municipal, ao setor de CCIH do HMI, como à Coordenação das Unidades Básicas de Saúde. Na nota da Vigilância Epidemiológica consta que, os acontecimentos relacionados à Varíola dos Macacos são recentes no país.

No último dia 2, o critério estabelecido pelo Ministério da Saúde sofreu alterações, o que, possivelmente, fará com que haja um aumento do número de casos suspeitos. O Lacen disponibilizou, a pedido da secretaria, cinco kits de teste caso haja casos e necessidade, sobre a questão da máscara que segue o Decreto Municipal em cima da Covid, mas que não há obrigação pelo uso da mesma e que a secretaria está produzindo uma cartilha para orientar a população conforme determinações do Governo Federal e Estadual.

Em Porto Real, para proteger da doença, a Secretaria de Saúde segue as recomendações do Ministério da Saúde para o uso de máscaras para grávidas, lactantes e puérperas. “A princípio, estamos orientando nas unidades as orientações quanto a manutenção das ações de higienização das mãos e uso de máscara, principalmente por pacientes dos grupos de riscos. Orientação também quanto a importância de procurar a unidade de saúde para qualquer sinal ou sintoma suspeito da doença”, diz nota da secretaria.

Em Volta Redonda, conforme dados da SMS, a recomendação de uso de máscaras em locais fechados e de grande circulação de pessoas se mantém para a Covid19, sendo extensiva à Monkeypox, para gestantes e puérperas. Desde o aumento de ocorrências pelo mundo, o município não registrou nenhum caso confirmado.

TRANSMISSÃO

A Varíola dos Macacos é transmitida quando uma pessoa tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada. Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.

O Brasil tem 2.004 casos confirmados Varíola dos Macacos, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados no sábado, 6. Os registros foram realizados nos estados de São Paulo (1.501), Rio de Janeiro (230), Minas Gerais (81), Goiás (38), Distrito Federal (37), Paraná (36), Bahia (15), Ceará (5), Rio Grande do Norte (4), Espírito Santo (5), Pernambuco (10), Tocantins (1), Acre (1), Amazonas (3), Pará (1), Paraíba (1), Piauí (1), Rio Grande do Sul (20), Mato Groso (2), Mato Grosso do Sul (5), e Santa Catarina (7).

 

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