Timor-Leste tenta avançar com implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

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NOVA IORQUE

Como parte da agenda do Fórum Político de Alto Nível, que termina nesta quarta-feira, dia 6, no Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, são apresentadas as revisões voluntárias nacionais sobre a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS. Entre os países de língua portuguesa que fizeram suas apresentações, esteve Timor-Leste.

A ONU News conversou com o conselheiro do Ministério das Relações Exteriores, Rogério dos Santos, que veio de Díli, e destacou a transformação que o país vem passando nos últimos 20 anos, desde sua independência.

Reconstrução nacional

“O Timor-Leste teve seu percurso amargo durante vários anos, mais de duas décadas, mas iniciou a sua reconstrução nacional a partir dos escombros, após deixar   o chamado setembro negro. […]. Sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a gente se concentra mais no 16, sendo o tema global do relatório deste ano, reconhece a resiliência e a determinação do povo timorense em ultrapassar as consequências devastadoras do conflito e da violência.”

O ODS 16 busca promover sociedades pacíficas e inclusivas, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Rogério dos Santos avalia que o progresso nesta frente é fundamental para a concretização dos demais objetivos.

Igualdade de gênero

O representante de Timor-Leste também falou sobre os desafios no ODS 5, que busca equidade de gênero. A lista incluía dois países de língua portuguesa: Portugal e Timor-Leste.

Rogério dos Santos afirma que os altos números de casos de violência de gênero no país acontecem por conta de um “sistema paternalista”. “Por isso, a violência doméstica deve ser apagada […] Nós temos que temos que olhar formas positivas para melhor prevenir e para o futuro. A gente tem que erradicar a violência doméstica.”

Em maio deste ano, dados apresentados na ONU apontavam que metade das mulheres entre os 15 e 49 anos sofreram violência física ou sexual de um parceiro do sexo masculino. Durante 10 dias, o Ecosoc ouviu a apresentação de 39 países sobre suas revisões nacionais voluntárias.

* Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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