STJ mantém Wilson Witzel afastado do cargo de governador

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ESTADO

Wilson Witzel continua afastado do Governo do Estado. Hoje, 14 ministros dos 15 da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) votaram pela manutenção do afastamento. Um ministro votou para derrubar o afastamento. Na última sexta-feira o relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, deu liminar para afastar Witzel do cargo por 180 dias, seis meses.

Durante sessão oral não houve sustentação oral nem defesa do governador, nem da Procuradoria Geral da República (PGR). Durou sete horas a reunião.

Segundo a defesa de Wizel, o governador afastado não foi ouvido no processo, o que foi desmentido pela PGR, informando que o mesmo estava depondo e entrou com um pedido de Habeas Corpus para não falar.

Nas redes sociais o governador afastado se pronunciou. “Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos. Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo. Desejo ao governador em exercício, Cláudio Castro, serenidade para conduzir os trabalhos que iniciamos juntos e que possibilitaram devolver ao povo fluminense a segurança nas ruas e, com isso, a esperança em um futuro melhor”, escreveu.

OPERAÇÃO TRIS IN IDEM

Witzel foi afastado do cargo de governador após a Operação Tris In Idem que investiga irregularidades e desvios em recursos da saúde no estado. Além do afastamento de Witzel, foram expedidos 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, dentre as prisões estão do pastor Everaldo, do ex-secretário Lucas Tristão, e do ex-prefeito de Volta Redonda, Gothardo Netto.

Segundo investigações da PGR, o governo criou um esquema de propina para liberação de pagamentos a OSs que prestam serviços. A suspeita é de que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia de sua mulher, a primeira-dama Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.

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