Sondagem industrial revela pessimismo dos empresários do Sul Fluminense

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VOLTA REDONDA 

A confiança das indústrias da região depende, além da melhora na economia, de medidas do próximo governo em relação às reformas tributária e previdenciária. Esta é uma das constatações da quarta edição do levantamento Retratos Regionais: Cenário Econômico, desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Na pesquisa, especialistas da Firjan analisam os 17 municípios da região, além dos cenários econômicos internacional, do Brasil e do Estado do Rio.

A Sondagem Industrial mostra que, em setembro, a indústria do Sul Fluminense continuou apresentando queda na produção, semelhante ao observado no estado do Rio. Apesar de ter reduzido o estoque, o volume de vendas foi menor do que os empresários esperavam. Dentre os entraves que impactam a recuperação, a carga tributária, a demanda insuficiente e a taxa de juros elevada, foram os itens mais apontados na pesquisa.

Nesse cenário de lenta recuperação da atividade econômica, os industriais continuam pessimistas quanto a novos investimentos. A situação financeira das empresas, a lenta recuperação da atividade econômica, principalmente no estado, e as incertezas em relação ao próximo governo manteve a maioria dos empresários céticos em aumentar a capacidade produtiva de suas indústrias.

A sondagem econômica da Firjan indicou queda na produção industrial na região

De acordo com o presidente da Firjan Sul Fluminense, Antônio Carlos Vilela, apesar da expectativa de que os novos governos, federal e estadual, priorizem as reformas tributária e previdenciária, a recuperação da atividade econômica é decisiva para que haja melhora na geração de empregos. “Todo empresário, hoje, acredita que para haver melhora no quadro de empregados, precisa ter confiança que o mercado se estabilizou e que o país está realmente em crescimento”, ressalta.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

Em relação à situação financeira, a principal queixa dos empresários na pesquisa é a dificuldade de acesso ao crédito e a baixa margem de lucro. Na medida em que as empresas não conseguem vender, elas têm dificuldades em ter dinheiro em caixa e, sem garantias, a taxa de juros do crédito fica ainda mais elevada.

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