Sindicato informa que rodoviários poderão entrar em greve

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Rodoviários recusam contraproposta das empresas para fechamento do Acordo Coletivo e podem decretar greve a partir da próxima semana. A informação é da direção do Sindicato dos Rodoviários do Município e Região.  Segundo informou o presidente do Sindicato, José Gama, o Zequinha, na pauta de reivindicação os trabalhadores pedem um aumento salarial de 5%, o que não foi atendido pelo patronal.

Zequinha explicou que, após negar o reajuste salarial de 5%, as empresas fizeram uma contraproposta oferecendo 1,76% de aumento apenas. O valor foi levado à assembleia pelo Sindicato e os trabalhadores rejeitaram. Em seguida, o patronal aumentou o reajuste para 2%, o que mais uma vez foi recusado pela categoria. Caso as empresas não atendam o que foi pedido na pauta de reivindicações, os rodoviários poderão cruzar os braços e paralisar suas atividades.

Ainda de acordo com informações do presidente do Sindicato, as negociações tiveram início em maio, mas que até a Campanha Salarial não foi concluída. Disse que espera uma nova proposta que agrade os trabalhadores. Lembrou ainda que a próxima rodada de negociação deve acontecer hoje em Volta Redonda. Zequinha lembrou que qualquer valor oferecido pelas empresas será levado pelo Sindicato aos trabalhadores que em nova assembleia deverão votar se aceitam ou não a nova proposta, caso seja feito pelo patronal ou se entram em greve. “Companheiros rodoviários o seu sindicato tem feito de tudo para avançarmos na Campanha Salarial. Precisamos estar unidos. Sem acordo, a categoria pode entrar em greve em Volta Redonda e nos municípios assistidos pelo Sindicato”, destacou o sindicalista.

TRÂMITES LEGAIS

O presidente lembrou que, em caso de greve, o Sindicato seguirá os trâmites legais, que é comunicar com antecedência as empresas, os usuários do transporte coletivo e o Poder Público. Atualmente, o Sindicato atende quatro mil rodoviários divididos entre as cidades de Volta Redonda, Pinheiral, Piraí, Barra do Piraí, Valença e Rio das Flores.

Além de reajuste salarial, o Sindicato também faz outras cobranças das empresas, como o cumprimento da Lei Municipal 5.448/18, com emenda do vereador Pastor Washington Uchôa (PRB), que proíbe a dupla função nos ônibus em Volta Redonda. Conforme levantamento feito pelo Sindicato, mais de 100 cobradores foram demitidos na em Volta Redonda por causa da dupla função. Disse o presidente do Sindicato que o patronal quer incluir essa cláusula no Acordo Coletivo dos rodoviários, o que não foi aceito.

LEI SANCIONADA

Vale lembrar que assim que foi sancionada a lei, a fiscalização da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) de Volta Redonda notificou todas as empresas concessionárias do transporte coletivo de passageiros contra a prática de dupla função de motoristas, que atuam também como cobradores de ônibus. A fiscalização tem como base a Lei que estabelece sanções e multas aplicáveis em decorrência das infrações cometidas pelas as empresas de ônibus.

De acordo com a lei, é considerado falta média, com 4 Unidade fiscal de Volta Redonda (Ufivres ) de multa, o motorista que, além de dirigir, for flagrado realizando venda ou controle dos bilhetes tarifários, no interior dos veículos, caracterizando dupla função. Cada Ufivre custa R$ 174,75, dando um total de R$ 699 por veículo flagrado em desacordo com a lei municipal. Só que, de acordo com a direção do Sindicato, a dupla função continua nos ônibus de Volta Redonda.

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