Sindicato dos Metalúrgicos diz que a direção da Arcelor Mittal não cumpre acordo

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VOLTA REDONDA

Segundo a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, não bastasse a política de assédio moral e demissão em massa, a Arcelor Mittal, agora, decide não cumprir acordo assumido. Segundo os sindicalistas, a empresa garantiu que, para fechar o Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 aprovado na pauta de negociação, prometeu atender os trabalhadores e agora não quer cumprir.

O presidente do Sindicato, Silvio Campos, informou que, para surpresa da diretoria, os prepostos da empresa informaram que não serão pagos os valores de reajuste salarial este mês, compromisso este que constava na proposta aprovada. A justificativa da empresa foi pela não assinatura do acordo.

Silvio explicou que, a redação do Acordo Coletivo, aprovado pelos trabalhadores no dia 14 de agosto, está passando por revisão da Assessoria Jurídica da Presidência do Sindicato, o que ocorre em todos os acordos de empresas, após votação da categoria. “É isso que garante que não haja armadilhas sobre o que foi aprovado. Inclusive, foi nessa revisão que o sindicato encontrou que não constava a garantia do kit escolar, entre outras modificações que ocorreram nas cláusulas”, explicou o presidente, esclarecendo aos trabalhadores que está indignado com a atitude da empresa.

Silvio destacou que, ao longo de todos os anos da existência desta entidade, nunca houve uma postura tão radical e desrespeitosa por parte de nenhuma empresa da Região com os seus trabalhadores. “É bom frisar que esse acordo tem validade de um ano e somente as cláusulas sociais terão validade de dois anos”, disse o sindicalista, lembrando que o Sindicato quer uma reunião urgente com a empresa.

LEILÃO 

Recentemente, o Sindicato dos Metalúrgicos conseguiu leiloar bens de empresas para pagar direitos dos trabalhadores. No último dia 23 foram leiloados os bens das empresas Milenium e Calusin para pagamento dos direitos trabalhistas de seus funcionários. Após encerrarem suas atividades, a Milenium e a Calusin deixaram de pagar as verbas rescisórias de mais de 50 trabalhadores, alegando não ter condições de arcar com as dívidas. O Sindicato dos Metalúrgicos entrou com ação na Justiça e conseguiu penhorar os bens das empresas para garantir o pagamento dos direitos dos trabalhadores. O leilão aconteceu na sede da Justiça do Trabalho, no bairro Saudade, em Barra Mansa.

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