ESTADO
O volume de vendas do setor de serviços divulgado pelo IBGE apresentou variação de – 0,5% em relação a agosto na série dessazonalizada, primeira queda desde os tombos de março e abril. Diferentemente do ocorre com o volume vendido pelo comércio, os serviços ainda operam 12,3% abaixo do nível pré-pandemia.
Em relação ao mês de setembro de 2019, a retração registrada foi igual a 10,4%, resultado bastante pior que o previsto pelo instituto (-3%). No Brasil, o volume de vendas cresceu 1,8% em relação a agosto na série com ajuste. Na comparação interanual, houve recuo igual a 7,2%, resultado pouco superior ao resultado previsto pelo instituto (-8,5%). No ano, a contração é igual a -8,8%.
Os resultados observados no setor de serviços nos dão uma dimensão mais precisa do que está acontecendo com a economia já que são menos afetados pelos auxílios emergenciais transferidos para os trabalhadores mais pobres.
O motivo é a importância relativa do setor de serviços que na cesta de consumo dos mais pobres é menor. E ainda, é razoável imaginar que uma parte significativa do auxílio é dirigida para a compra de bens, quer sejam gêneros alimentícios, quer sejam material de construção ou eletrodomésticos.
O volume vendido pelo setor de serviços, mais dependente da renda do trabalho, nos dá, portanto, uma dimensão mais exata dos desafios que a economia ainda enfrentará. Se quisermos ter uma ideia de como a economia funciona sem os anabólicos fiscais, então devemos olhar para o setor de serviços.
