VOLTA REDONDA
A segunda-feira foi agitada nas ruas do município com a carreata em repúdio contra o governo municipal promovido pelo Sindicato dos Funcionários Públicos do Município de Volta Redonda (SFPMVR) e o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-VR). Os trabalhadores buscam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, permanecendo em negociação com a prefeitura. Segundo o SFPMVR, aproximadamente 100 veículos participaram do ato apelidado de buzinaço, com concentração próximo da Universidade Federal Fluminense (UFF), na Vila Americana, chamando a atenção dos moradores para a causa dos trabalhadores. Nesta segunda, o sindicato dos servidores promoveu ainda a paralisação de atividades por 24 horas nas repartições municipais. O Sepe-VR incentivou, ainda, que os profissionais da educação não utilizassem por 24 horas a plataforma ‘ConectEdu’.
De forma sintetizada, SFPMVR e Sepe-VR são contra a proposta do governo municipal que prevê a suspensão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) até dezembro de 2020 e o parcelamento de 50% do salário de forma quinzenal, além da mudança no calendário tornando possível o pagamento dos vencimentos da categoria no sétimo dia útil. No dia 15 houve uma reunião entre o prefeito Samuca Silva e os representantes das entidades na sede do governo. Dentre os assuntos abordados, estava o novo calendário de pagamento dos funcionários implantado pela prefeitura para os meses de julho e agosto. Os profissionais da saúde, educação e segurança recebem até o 7º dia útil do mês e o restante vai receber em duas parcelas de 50% do salário cada, uma até o dia 15 e outra até o dia 31 do mês.
O sindicato sugeriu que o prefeito revogue o decreto e que ele priorize o pagamento do servidor estável, os demais que a administração municipal pague da forma que entender. O prefeito ficou de analisar a proposta, frisando que Volta Redonda teve uma queda de 30% de arrecadação, mais de R$ 22 milhões. Disse ainda que até o final do ano, a estimativa é de que esse valor alcance os R$ 90 milhões. Na reunião Samuca esclareceu também dúvidas sobre temas como as quedas de arrecadação e de repasses como o Fundo da Educação Básica e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Explicou sobre a questão do pagamento dos aposentados com verba do VR Previdência, que só pode ser utilizado para quem se aposentou a partir de 2013. Para quem se aposentou antes desse período, a verba é toda tesouro do municipal, cerca de 9 milhões mês. O chefe do Executivo lembrou que o Programa de Ajuste Fiscal foi definido com o objetivo de garantir aos cofres públicos R$ 63 milhões até dezembro de 2020. O documento aguarda apreciação da Câmara Municipal para ser colocado em prática.
Após o encontro, houve assembleia onde os servidores deliberaram pelos atos pacíficos desta segunda-feira, dia 20. Segundo o advogado Victor Jácomo da Silva, coordenador jurídico do SFPMVR, é o começo de um novo movimento. “Creio que é um começo de um movimento que já aumentou com relação à semana passada. Creio que se não houver uma resolução para o problema do salário e benefícios do funcionalismo, pode ocorrer o que acontece com todo movimento grevista. Que é aumentar de forma gradativa”, frisa.
NOVA REUNIÃO E ASSEMBLEIA
O sindicato terá novo encontro com os representantes da Prefeitura de Volta Redonda nesta terça-feira, dia 21, às 9 horas, na sede da prefeitura. “Amanhã haverá uma reunião com a equipe econômica e às 18 horas nova assembleia para passar para a categoria o discutido nesta reunião. A categoria vai decidir os rumos deste movimento”, frisa o advogado. A assembleia on-line terá o link de acesso divulgado pelo sindicato em suas redes sociais, Instagram, Facebook, Telegram e no grupo do WhatsApp.
*Postagem atualizada as 11h40min de 21/7.
