SUL FLUMINENSE
Pela primeira vez os secretários municipais do Meio Ambiente das cidades do Médio Paraíba se reuniram para discutir questões comuns entre os municípios. Através da Associação Nacional de Municípios de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Anamma), a reunião regional aconteceu com o objetivo de construir caminhos para a melhoria contínua da gestão ambiental municipal. O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea) também esteve representado no debate, que pautou a questão do saneamento ambiental. O encontro aconteceu hoje, dia 7, na sede da Secretaria do Meio Ambiente de Volta Redonda.
As cidades que fazem parte do Médio Paraíba são: Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Caro, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda. Não estiveram presentes na reunião os representantes das cidades de Rio Claro e Quatis.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Volta Redonda, Maurício Ruiz, que também preside a Anamma, existem questões comuns entre todos os secretários, que podem ser solucionadas de forma articulada. “Ocupação irregular, faixa marginal de proteção, licenciamento e fiscalização, são questões que podem ser solucionadas de ponto de vista regional”, disse, completando que vão acontecer uma série de reuniões. “O objetivo é fortalecer a política regional, de forma a fazer que a gestão ambiental seja cada vez mais feita no âmbito do município”, explicou.
saneamento ambiental
De acordo com o que foi esclarecido na reunião, todos os municípios detêm planos municipais de saneamento, mas que, para sua plena implantação é necessária a participação de outros órgãos de diferentes esferas que viabilizem recursos financeiros. Com isso, as Secretarias Municipais de Meio Ambiente se colocam à disposição dos demais órgãos no sentido de construir e aperfeiçoar políticas públicas que tornem possível a ampliação de recursos financeiros aos municípios, bem como a melhoria da eficiência dos Comitês de Bacia Hidrográfica.
Outra questão esclarecida na reunião foi sobre a crise da água da cidade do Rio de Janeiro. Segundo afirmou Maurício Ruiz, ainda que haja um déficit na área de saneamento, isso está longe de ser o principal motivo para o problema da água da capital.
Para o diretor de Segurança Hídrica e Qualidade Ambiental do Inea, Hélio Vanderlei, é de grande importância o fortalecimento e união dos secretários da região. “Cada município tem a sua realidade econômica e por isso é importante os investimentos do governo federal e estadual, porque uma cidade sozinha não consegue fazer todos os investimentos necessários, como a proteção das nascentes e o saneamento adequado. Mas com os secretários reunidos, há uma troca de experiência e a partir disso, podem-se criar soluções”, disse, concluindo que a criatividade é importante quando faltam recursos.
