Sassaricando – Oscar Nora – 26 de dezembro de 2023

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Foto: Educolorir.com

Tem razão a torcida do Fluminense em estar de cabeça erguida, participando das festas natalinas sem achar que a ceia ficou totalmente amarga. O Fluminense teve um ano glorioso e é o campeão das Américas. Quem gosta de esporte sabe que o resultado de toda partida de futebol termina sempre com até três possibilidades: um vence, outro perde, ou ambos empatam.
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No futebol, quem tem o melhor time e está na melhor fase, geralmente é o vencedor. Geralmente porque muitas vezes acontece o inesperado e o vencedor não era o favorito. Em 2003/04, depois de vencer o Deportivo La Coruña por 4 a 1 no primeiro jogo, o Milan só precisava do empate para ir à semifinal da Champions League. Mas aconteceu o improvável: La Coruña 4 x 0 Milan.
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Na edição do ano seguinte/2004/05, o Milan foi jogar com o Liverpool. Paul McCartney, que brilhou no Brasil na semana passada e é de lá, ficou feliz quando seus conterrâneos aplicaram 3 a 0 no primeiro tempo. Pensou até em convidar alguns jogadores para seu aniversário no mês seguinte. Mas desistiu. No segundo tempo o Milan virou a página e sapecou 4 a 3.
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Surpresa e inesperado são velhos parceiros que convivem na magia do futebol. Nelson Rodrigues até cunhou a expressão “sobrenatural do Almeida”. Disse isso anos antes de 2017 quando, novamente na Liga dos campeões, no jogo de ida, PSG 4 a 0 no Barcelona. Contudo, no jogo de volta, o brasileiro Neymar, o argentino Messi e o uruguaio Suárez deram o troco com um 6 a 1 de celebração internacional.
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A vitória do Manchester City foi justa, mas a derrota do Fluminense não foi humilhante. O Fluminense foi um time guerreiro e o placar do jogo até poderia ser outro se o experiente Marcelo, raposa felpuda do futebol europeu – e toda defesa – não tivessem cometido falha grotesca na orientação tática do Fernando Diniz, logo aos 40 segundos.
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No conjunto da obra, o futebol na Europa é líder absoluto. Nos últimos 20 anos são 19 clubes europeus campeões mundiais, apenas 4 sul-americanos, todos do Brasil, nenhum do Rio de Janeiro. O futebol capitalista de hoje leva nossos melhores jogadores para a Europa, paga os melhores salários e faz os maiores investimentos na formação dos elencos.
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O dinheiro de lá vale 5 vezes mais do que o nosso. Além disso, a cartolagem de lá é mais rica e mais astuta do que CBF e Federações de cá. Exemplos: a) Investimentos – Manchester City/ R$ 5 bilhões x Fluminense/ R$ 30 milhões; b) calendários – Fluminense 72 jogos oficiais na temporada. City, 28.

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