Sassaricando- Oscar Nora – 24 de julho de 2019

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Imagem: Divulgação

Se o prezado leitor acha que o VAR – o famoso árbitro de vídeo – é um chato que atrasa o jogo, irrita jogadores e torna menos poética a comemoração do gol quando ele somente é efetivamente confirmado muitos minutos depois de ter sido marcado, prepare sua paciência e tolerância.
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O VAR veio para ficar e jamais será lembrado como pioneiro dos aparatos óticos, elétricos e de medição de tempo para esclarecer lances ou determinar o vencedor de uma modalidade esportiva. O VAR é apenas uma das engenhocas utilizadas há quase cem anos com a finalidade de definir campeões olímpicos.
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O cronômetro – o primeiro deles pesando 35 quilos – criação do ingles John Harrison, em 1735, e a fotografia, criação do francês Joseph Nicéphore Niépce, em 1826, são os pioneiros e tataravós do VAR. Bisavós, avós e pais de uma infinidade de recursos não humanos adotados pelo esporte.
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Até os Jogos Olímpicos de 1928, por exemplo, uma prova de natação envolvia 24 juízes, cada um com seu cronômetro, para determinar a ordem de chegada dos atletas. Mas como uma andorinha só não faz verão – diz a lenda – celebrado pelo papa Omega houve o casamento dele com a fotografia.
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Do casal, em 1948, nasceu um belo rebento chamado “célula fotoelétrica”, câmaras que paravam o cronômetro exatamente na hora que o atleta cruzava a linha de chegada. Vinte anos depois, 1968 nos Jogos Olímpicos no México, nasceu o neto. Surgiu o touchpad, permitindo que o atleta parasse seu próprio cronômetro ao bater a mão no fim da piscina
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O Photochart é outro filho do cronômetro com a fotografia. Originalmente nas corridas de cavalo, para descobrir qual animal foi o primeiro a encerrar o percurso, se tornou indispensável em várias modalidades das provas de atletismo. Não há como dispensar esses apetrechos. Como seria o basquete sem o cronômetro? O vôlei e o tênis sem o hawk-Eye os olhos de lince do toque de rede e da bola fora de linha?
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No ano que vem, quando os Jogos Olímpicos serão disputados em Tóquio, os japoneses – mestres no assunto – certamente apresentarão muitas novidades. Os robôs para buscar dardos, discos e martelos, por exemplo, já estão treinando e a família robotizada deve aumentar. Por isso é bom que o leitor, desde já, VAR se acostumando a esses novos tempos.

Foto: Divulgação

A seleção de Vôlei de Praia inicia hoje sua participação nos Jogos Panamericanos Lima/2019. As duplas Oscar/Thiago e Carol Horta/Ângela terão pela frente a Costa Rica e Ilhas Virgens, respectivamente. Próximos jogos: Masculino – 25.07 – Brasil x Uruguai – 11h50 e 26.07 – Brasil x Cuba – 15h. Feminino – 25.07 – Brasil x Chile – 16h e 26.07 – Brasil x México – 13h20. O Brasil é o país com mais medalhas no vôlei de praia na história dos Jogos Pan-americanos. São cinco de ouro, três de prata e três de bronze.

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