RESENDE
O tráfego de veículos continua restrito no acesso a Visconde de Mauá pela RJ-163, que liga Penedo (Itatiaia) a Visconde de Mauá (Resende) conforme relato das autoridades envolvidas no serviço de monitoramento e desobstrução da estrada estadual que sofre desde o fim de semana com a queda de barreiras, devido aos fortes temporais.
Atualizando as informações sobre a estrada, a Prefeitura de Resende comunicou na manhã desta terça-feira, dia 6, que a RJ-163, continua interditada. Segundo o comunicado enviado ao A VOZ DA CIDADE, geólogos e engenheiros do Governo do Estado vistoriaram toda a estrada e o laudo técnico informando as condições da RJ-163 deve sair ainda nesta terça-feira. “Como o terreno está instável e com o asfalto cedendo em vários trechos, mantivemos a interdição total. O bloqueio visa garantir a segurança de todos”, informa a Prefeitura de Resende, ressaltando que na segunda, dia 5, ainda pela manhã, servidores municipais conseguiram liberar os carros que ficaram presos na serra.
FRENTES DE TRABALHO
Em virtude das 50 barreiras caídas ao longo da RJ-163, os municípios de Resende e Itatiaia, com apoio do Departamento de Estradas de Rodagem, Secretaria de Estado de Defesa Civil e agora o Exército Brasileiro, desenvolvem trabalho coletivo para desobstruir a estrada que é a principal via de acesso a Visconde de Mauá (Resende), Maringá e Maromba (Itatiaia).
A força das chuvas com alto índice pluviométrico gerou danos ao longo da estrada
Na manhã desta terça-feira, em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, a Coordenadoria de Defesa Civil de Resende confirmou que novo plano de ação será colocado em prática para tentar agilizar o acesso de veículos à Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. Segundo o coordenador Atanagildo Oliveira Alves, os moradores da Capelinha e Serrinha (em Resende) tem tráfego em estado de atenção. “O acesso da Capelinha pra cima que está complicado e pedimos que todos daquela região liguem sempre para o 199 para se informar sobre a condição da estrada: se está liberada ou não. Com moto é viável passar, mas de carro, difícil. Com relação à RJ-163 temos todo um procedimento ambiental a respeitar segundo normas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no descarte dos entulhos das encostas. O trabalho segue, mas a estrada está muito instável e mantivemos a interdição total. Por isso, adotaremos de hoje (terça-feira) em diante, uma segunda frente de trabalho mais eficaz, tentando acelerar a desobstrução na região da Serra do Eme (RJ-161)”, explica Atanagildo.
Segundo o governo, a Serra do Eme é alternativa porque na RJ-161 o pavimento é de terra, sendo possível deslocar os entulhos das barreiras para a encosta, de forma a liberar a pista e ao mesmo tempo reduzir os buracos provocados na estrada pelos temporais. “Vamos ‘atacar’ a Serra do Eme, a partir da Vargem Grande, trecho conhecido como ‘Chove Água’, onde já temos registro da queda de barreira. Na Serra do Eme não teremos problema de levar o entulho até ponto de descarte correto conforme na Estrada Parque (RJ-163), onde as equipes precisam se deslocar até 10 quilômetros para isso. Na Serra do Eme a estrada é de chão e podemos contar com o apoio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos e demais colaboradores, no uso de um trator de esteira. A máquina tem força e poderá empurrar o entulho para a beira da estrada”, projeta Atanagildo.
A Defesa Civil mantém o monitoramento em toda extensão da RJ-163
Pela proposta da desobstrução do trecho pela Serra do Eme enquanto a RJ-163 não é liberada, os moradores de Visconde de Mauá e região poderão trafegar de veículo pela RJ-161 indo pela Serra do Eme, pegando depois a Estrada da Vargem Grande, indo para o trecho urbano de Resende com acesso ao bairro Cabral, na região do Grande Paraíso. “Quem mora na Capelinha, poderá acessar a Ponte do Bonsucesso, na RJ-151, indo depois para a Estrada da Vargem Grande com destino também à zona urbana de Resende. Com esta proposta de liberar a Serra do Eme primeiro que a RJ-163, imaginamos que a partir desta quarta-feira os moradores de Visconde de Mauá e adjacências tenham esta rota alternativa garantida. Enquanto isso ressaltamos que todos moradores das regiões afetadas busquem informação oficial sobre as condições das estradas sempre através do telefone 199 da Defesa Civil”, argumenta o coordenador Atanagildo Alves.
APOIO DO EXÉRCITO
Enquanto tenta a desobstrução da Serra do Eme, a RJ-163 continuará recebendo o trabalho de retirada das 50 barreiras que caíram durante as chuvas. A Prefeitura de Resende solicitou apoio do Exército e militares do setor de Engenharia, da Academia Militar das Agulhas Negras, garantiram apoio com a cessão de maquinas ainda nesta terça-feira, quando também está previsto um reforço de máquinas enviadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). “As duas frentes de trabalho seguem nesta terça-feira. Aguardaremos o laudo técnico da RJ-163. A estrada está inconsistente e, portanto, segue totalmente interditada”, finaliza o coordenador Atanagildo Alves.
Cenário de destruição na RJ-163, no trajeto para Visconde de Mauá
