Rio de Janeiro mantém vacinação cruzada contra a Covid para grávidas e municípios da região aderem

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SUL FLUMINENSE/RIO

Na última quinta-feira, dia 8, em uma coletiva, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que não está autorizada a vacinação de gestantes com imunizantes diferentes. O esquema foi adotado por pelo menos dois estados, um deles o Rio de Janeiro, depois que a imunização de gestantes com a AstraZeneca foi interrompida até que fosse investigada a morte de uma gestante vacinada com o referido imunizante, que também ocorreu no Estado. Contudo o Estado do Rio, nesta sexta-feira, dia 9, informou que seguirá com a vacinação cruzada, que também é chamada de intercambialidade entre vacinas.
O procedimento vale para as mulheres que foram imunizadas com a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca, que depois foi proibida para esse público. Agora esse grupo recebe a segunda dose da Pfizer para não ficar sem a imunização completa. Contudo, segundo Queiroga, os secretários estaduais, municipais, têm autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite. “Não pode ficar criando esquemas vacinais diferentes de maneira discricionária sem ouvir o Programa Nacional de Imunizações”, afirmou o ministro.
Com isso, a recomendação do governo federal é que as mulheres que tomaram a primeira dose da AstraZeneca, esperem o fim do período puerpério (de 45 dias após o parto), para completar o esquema vacinal.
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DISCORDA
Por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), informou que, neste momento, vai manter a deliberação conjunta pactuada com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) sobre a vacinação cruzada em gestantes. Segundo destacou a nota, a medida foi tomada após consulta ao grupo de apoio técnico de especialistas e epidemiologista da secretaria e do comitê científico da prefeitura do Rio de Janeiro. “Além disso, os estados têm autonomia para tomar suas decisões, após pactuação bipartite”, ressaltou.
A deliberação foi enviada aos municípios pelo Cosems, como por exemplo, a Barra Mansa, que já afirmou que seguirá a orientação estadual. O Art.3º aponta que as gestantes e puérperas com e sem comorbidades, que já tenham recebido a primeira dose da vacina AstraZeneca deverão receber a dose da vacina Pfizer após o intervalo de 12 semanas da primeira, para completar o esquema vacinal com duas doses.
Barra Mansa já divulgou que possui 206 gestantes que receberam a AstraZeneca e estão agendadas para vacinar com a segunda dose da Pfizer no próximo dia 23, de 8 às 16 horas, no Parque da Cidade. Volta Redonda também seguirá com a orientação do Estado.
O A VOZ DA CIDADE questionou também Porto Real, que disse que não chegou a aplicar AstraZeneca em nenhuma gestante e não precisará realizar o cruzamento; e Rio Claro informou que vem realizando a vacinação obedecendo as determinações do Programa Nacional de Imunização, que não autoriza a intercambialidade em grávidas ou em não grávidas. A Secretaria de Saúde de Quatis informou que está aguardando nota técnica do Ministério da Saúde para proceder com as gestantes que tomaram a 1ª dose de AstraZeneca. Que não irá mesclar por enquanto, somente se vier nota técnica para isso.
Resende e Itatiaia também foram questionados, mas não responderam até a publicação desta notícia.

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