Proposta da CSN de abono de R$ 2,5 mil é rejeitada pelo Sindicato

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VOLTA REDONDA 

Representantes da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense voltaram a se reunir ontem, visando discutir propostas para a implantação do turno de revezamento de 8 horas na Usina Presidente Vargas (UPV), conforme pretende implantar a empresa. Durante o encontro, que aconteceu no final da manhã, no antigo Escritório Central, no bairro Vila Santa Cecília, a direção do Sindicato rejeitou a proposta apresentada pela Companhia.

A proposta apresentada para celebração do acordo de turno de revezamento de 8 horas, com validade de dois anos, consta R$ 2,5 mil de abono a serem pagos em três parcelas, sendo a primeira de R$ 1mil, cinco dias após a aprovação da proposta, R$ 500 com o pagamento de maio de 2018 e R$ 1 mil com o pagamento de novembro de 2018. O presidente do Sindicato, Silvio Campos, considerou a proposta indecente para a implantação do turno de oito horas.

A proposta para a escala de trabalho no turno de oito horas será escolhida pelos colaboradores. Entre as possibilidades a serem colocadas em votação está a escala 4×1 4×1 4×2, com folga de 80 horas. Já os horários de trabalho são de 5h45 às 14 horas, 13h45min às 22 horas e de 21h45min às 6 horas. Em todos os casos o metalúrgico terá uma hora de intervalo para refeição.

Silvio Campos garantiu que não levará a proposta para apreciação dos trabalhadores que fazem turno. A direção da CSN lamenta a decisão, uma vez que a proposta está alinhada com o momento econômico da empresa e do Brasil. Reforçou ainda a importância de se buscar alternativas para assegurar a sua competitividade nos mercados nacional, que vive uma das maiores crises da história, e internacional, com excesso de oferta de aço, principalmente por parte da China. “Lembramos que a CSN é a única siderúrgica brasileira a ainda adotar o turno de 6 horas, o que provoca uma grande desvantagem em relação as suas concorrentes”, informou a direção da empresa.

Silvio Campos lembrou que assim que os representantes da empresa colocaram a proposta na mesa, não teve como esconder o estado de decepção de cada sindicalista, já que a expectativa de todos era outra. “Vocês que são os maiores interessados que essa negociação tenha êxito e traga compensação favorável à categoria que deve estar decepcionada. Imaginem como nós, que estamos intermediando, ficamos?”, indagou o presidente, ressaltando que o Sindicato não voltará à mesa de negociação se não tiver na proposta a garantia dos pontos apresentados. Lembrou que, na verdade, a defesa é mesmo para a permanência do turno de seis horas, uma conquista da luta da classe, juntamente com o sindicato.

 

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