Professores demitidos cobram direitos não pagos pela Prefeitura de Volta Redonda

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VOLTA REDONDA 

Professores contratados pelo processo seletivo de 2015, pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) no ano de 2018, contrato de dois anos podendo ser prorrogado por mais dois, e que entraram na Prefeitura de Volta Redonda a partir de 2018, estão denunciando que foram demitidos e até agora não receberam seus direitos. Os profissionais alegam que muitos deles estão passando por dificuldades financeiras.

Uma das professoras que está nessa situação e que preferiu não se identificar contou que no mês de julho deste ano, quando acabaria o contrato, ele foi renovado até o fim do ano. “Um mês depois ficamos sabendo sem prévio aviso da Secretaria Municipal de Educação que seriamos demitidas segundo um calendário divulgado pela própria secretária em uma página na internet”, contou a professora, ressaltando que esse calendário seguiria as datas de entrada na prefeitura. “Professores que entraram em 2016 sairiam em 30 de junho de 2020, os que entraram em 2017 sairiam em 30 de agosto, os que começaram em 2018 sairiam em 30 de setembro e finalmente os professores contratados em 2019 sairiam em 30 de outubro deste ano. Além de não contarmos que sairíamos nessas datas, em nossa profissão não se encontra emprego no meio do ano”, completou a professora.

A professora explicou que o prefeito Samuca Silva teria alegado que tomou essa decisão por estar sendo pressionado pelo Ministério Público a convocar os aprovados do concurso público de 2019. “Para nossa surpresa, além de perdermos o emprego no meio de uma pandemia, não recebemos nossa rescisão até a data de hoje. Quando saímos disseram que receberíamos entre 30 e 60 dias, mas até agora nada. Apesar da demora aguardamos a data, mas não recebemos até hoje”, reclamou a profissional, ressaltando que nenhum dos demitidos está conseguindo contato com o RH da prefeitura. “Quando conseguimos dizem não ter nenhuma previsão de data para que seja feito o pagamento. Agora não nos atendem mais. O telefone só dá ocupado. Achamos que tiram do gancho para não nos atender”, completou a professora, destacando que o setor de

RH diz que a rescisão já está pronta aguardando somente a ordem de pagamento, mas até agora nada.

Os professores envolvidos pedem que a prefeitura defina uma data para que eles possam receber seus direitos. Lamentam que, depois de trabalhar são obrigados a passar por uma situação dessas e às vésperas do Natal.   “Não estamos pedindo nada demais, queremos apenas o dinheiro que a nós pertence por termos trabalhado”, relatou outra professora na mesma situação, lembrando que somente em setembro saíram 50 professores e em outubro mais de 100. “Com isso, muitos estão passando por dificuldades, já que pagam aluguel e têm outras despesas. Só queremos o que é nosso por direito”, completou. Na mesma situação está outra professora que, com um filho especial, está passando por grandes dificuldades, pois te muitos gastos com o filho e não está tendo de onde tirar.

PAGAMENTO

Em nota, a Prefeitura de Volta Redonda informa que a rescisão desses profissionais será paga ainda no mês de dezembro, conforme fluxo financeiro da prefeitura. “Os professores que foram desligados, haviam sido contratados em 2015 para um contrato temporário de dois anos. Após esse período, o contrato foi renovado por mais dois anos e agora, em 2020, houve a substituição por conta da convocação de profissionais concursados”, diz o comunicado.

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