Principal acesso a bairro Vila Ursulino segue interditado e comerciantes contabilizam prejuízos

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BARRA MANSA

No dia 29 de março uma barreira de terra desceu de uma encosta e interditou o principal acesso ao bairro Vila Ursulino pela Rodovia Presidente Dutra. Quase dois meses depois, a situação permanece a mesma. Comerciantes do local, cerca de 20, já estão contabilizando prejuízos nas vendas de 30% a 40% e procuraram o A VOZ DA CIDADE para que uma resposta fosse dada pela CCR RioSP, responsável pela retirada da barreira.

Juliano Orcini é um desses comerciantes. Com dez funcionários, tem uma loja de refrigeração há nove anos no local. Ele lembrou que duas reuniões para tratar sobre a barreira foram realizadas com a concessionária, uma com a Aciap e outra com o vereador representante do bairro, Casé, e a informação é que a retirada da terra aconteceria apenas a partir do mês de outubro.  “Isso é incabível dentro da nossa realidade. O bairro passa por grande transtorno e o nosso movimento no comércio já caiu 40%. Tem nos afetado”, destacou.

Foto: Gabriel Borges

Foto: Gabriel Borges

 

 

 

 

 

A informação repassada aos comerciantes é que não há o interesse em resolver o problema porque a 500 metros à frente existe um outro retorno e que não há nenhuma inviabilidade na rodovia. “Porém, os clientes precisam se deslocar mais de quatro quilômetros para ter acesso ao bairro. Por isso, eles não estão vindo até o comércio. Para as nossas entregas também precisamos gastar mais com combustível. Continuamos fazendo de cinco a oito minutos para o Centro, porém o nosso retorno, que deveria ser o mesmo, vai agora de 30 a 40 minutos”, completou Juliano, lembrando que o mesmo gasto de tempo e dinheiro enfrentam os três mil moradores do bairro que precisam passar pelo Parque dos Ipês.

Outro comerciante é Fábio Guerard. Ele tem a empresa há dez anos no bairro Vila Ursulino, com cerca de 15 funcionários. “Os nossos clientes, quase em sua totalidade, são de outros locais de Barra Mansa e região e eles não estão indo mais ao bairro por conta desse transtorno. Estamos aumentando os custos com motoboys para fazer as entregas, mas não está compensando. Se persistir essa situação podemos ter demissões e outros comércios até mesmo podem fechar por não suportar a queda do movimento”, afirmou o proprietário da empresa de autopeças de caminhão.

Foto: Gabriel Borges

Fábio lembrou que terras já caíram no mesmo local em duas outras situações e foram retiradas pela CCR RioSP, mas agora, interditou o acesso de vez e nenhum movimento ainda está sendo visto por parte da concessionária.

SEM PRAZO

O jornal entrou em contato com a assessoria de imprensa da CCR RioSP para saber o prazo que a terra será retirada. Em nota, a concessionária informou que tem realizado vistorias constantes no local, avaliando soluções. “Mas, neste momento, a remoção do material (terra) deslizado pode trazer riscos à segurança dos motoristas e moradores, pois serve de contenção provisória, evitando novos deslizamentos. A concessionária realizou encontros com a prefeitura de Barra Mansa para explicar a situação do local. Atualmente, a concessionária está na fase de elaboração do projeto para a remoção segura do material deslizado”, diz a nota.

Foi solicitada na demanda a previsão de retirada da terra, mas a concessionária não informou.

Foto: Gabriel Borges

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