Volta redonda
Na tarde de ontem no Palácio 17 de Julho, o prefeito Samuca Silva (Podemos) e representantes da Caixa Econômica Federal, assinaram o contrato de renegociação da dívida da Companhia de Habitação (Cohab). A dívida chegava a R$ 222 milhões. Pela renegociação ficou definido que R$ 100 milhões serão divididos em 235 parcelas, com autorização da lei municipal, e R$ 95 milhões quitados com crédito que a companhia tem com o Fundo Garantidor de Variações Salariais (FGVS) do governo federal. Houve um desconto de R$ 27 milhões dado pelo banco.
Na opinião do prefeito, o diálogo foi peça fundamental para a renegociação dessa dívida que é considerada histórica, com mais de 20 anos. “Lamento que a cidade de Volta Redonda tenha chegado a esse ponto de dívida. Mas, com diálogo, chegamos num denominador comum. Essa gestão assumiu a dívida e fiz questão de renegociar com o banco. Agradeço o empenho da equipe da Caixa e da Cohab. Agradeço também aos vereadores que aprovaram a lei que autorizou a negociação”, frisou.
José Nilton Lima, gerente do FGTS da Caixa no Rio de Janeiro, concordou e complementou: “A importância dessa renegociação é que conseguimos trazer recursos ao FGTS que volta para sociedade como obra de saneamento, habitação e infraestrutura”, disse.
Agora, com essa renegociação, a prefeitura sai do Cadastro Único de Convênios (Cauc), conhecido como um SPC e Serasa das prefeituras, fica regularizada com o FGTS e pode firmar outros convênios com a União. O prefeito destacou que a renegociação de dívida é um trabalho que não aparece tanto para a população a curto prazo, porém são dívidas do passado que estão sendo assumidas. Além disso, todos os fornecedores estão sendo pagos em dia e o ano será fechado com superávit. “Isso depois de três anos de déficit financeiro, cumprindo as obrigações e não deixando nenhum serviço faltar”, destacou o prefeito.
NOVOS EMPREGOS
Durante a reunião, o prefeito informou que as obras do programa Minha Casa, Minha Vida serão iniciadas em 30 dias no bairro São Sebastião. Ele autorizou a contrapartida do terreno onde será construído o conjunto habitacional.
Segundo o presidente da Cohab de Volta Redonda, Fernando Rabello, serão gerados mais de 180 empregos diretos na construção de 176 apartamentos. O recurso investido será de mais de R$ 16 milhões. As obras devem durar 18 meses. “A família que se interessar em adquirir o apartamento precisa se cadastrar no site da prefeitura (www.voltaredonda.rj.gov.br) para entrar no cadastro habitacional. A seleção das famílias ocorrerá até julho de 2018, através deste cadastro. É necessário que a renda familiar seja de até R$ 1,8 mil por mês”, explicou Fernando Rabello.
É preciso ainda respeitar critérios estabelecidos pela União, que somam pontos para que a pessoa seja contemplada com a casa, como ter mulher como chefe de família; ser deficiente e morar em área de risco. O município, por sua vez, também estabeleceu outros três critérios. São eles: ser morador de Volta Redonda há mais de cinco anos; famílias que têm idosos e ser beneficiado do Bolsa Família.
