Preço do gás de cozinha sobe 4,38% e atinge o bolso do consumidor no Sul Fluminense

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RESENDE

O fim de semana foi de prejuízo para o bolso dos consumidores com a prática pelas distribuidoras do reajuste do valor do gás liquefeito do petróleo (GLP), item utilizado na rotina domiciliar diária com o botijão de gás de 13 quilos. Na quarta-feira, dia 4, a Petrobras aumentou em 4,38%, na média, o preço do GLP nas refinarias, que por sua vez, repassaram o valor aos distribuidores a partir da zero hora de quinta-feira, dia 5.

Assim, quem procurou a revenda para comprar gás de cozinha desde então tem encontrado dificuldade em busca de preços ainda não alterados, o que é raro. A maioria dos postos de revenda recebeu nestas últimas 48 horas mercadorias com valores reajustados, tanto o gás de cozinha quanto os de uso industrial (P20 e P45). Em Resende, o empresário Mário Medeiros, lamenta o reajuste ao consumidor. “Para nós existe o impacto das vendas, apesar de ser um item de utilidade diária. O consumidor reclama, mas a Petrobrás quem realiza o reajuste e afeta a todos os setores. Nossa encomenda de botijões foi comercializada com o valor reajustado, não tendo alternativa a não ser nosso repasse ao consumidor. Em média, o reajuste será de 4,5%”, frisa.

Nas revendas da cidade o preço do gás de cozinha (13 quilos) era praticado, em média, a R$ 75 com a retirada pelo cliente na portaria da revenda e, com acréscimo de entrega subindo a R$ 80 para atendimento a domicílio. Assim, com a elevação de 4,3% somando ainda o percentual de lucro dos empresários do setor, os valores subiram para média de R$ 80 na retirada e R$ 85 para entrega.

A dona de casa Maria Teodora Barbosa, moradora do Paraíso, criticou os preços praticados no Rio de Janeiro. “Minha família mora no interior de São Paulo e lá o preço do gás não é esse absurdo igual no Rio, não chega a R$ 50 em alguns locais. Sou contra reajustes, até porque tudo sobe: gás, gasolina, energia. Menos o salário. Utilizo dois botijões ao mês, um gasto imenso para minha família”, comenta, fazendo alusão ao ICMS entre estados. E prejuízo também em fábricas e grandes empreendimentos comerciais que utilizam empilhadeiras, abastecidas com o botijão P20kg. O produto subiu de R$ 120 para faixa de R$ 130. “São duas empilhadeiras utilizadas para o setor de armazenagem de produtos em estoque. Os gastos aumentam e dificultam investir na unidade ou até mesmo nas melhorias aos clientes e funcionários”, comenta o gerente Marcelo Batista, de uma rede de lojas. O valor do botijão P45kg (larga escala) adotado também em restaurantes, bares e até condomínios residenciais, a unidade passou a ser vendida por quase R$ 300.

A Petrobrás informou que no caso do botijão P13, os reajustes são trimestrais e definidos com base numa média móvel da cotação internacional e do câmbio nos últimos 12 meses. O preço do GLP residencial, nas refinarias, foi elevado para R$ 23,10 o botijão, o que representa uma alta de 4,38% ante os R$ 22,13 vigentes. O GLP industrial e comercial é reajustado sem uma periodicidade fixa — a última foi no dia 16 de maio. A Petrobras, contudo, não informa o preço do combustível nas refinarias.

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