Policiais militares presos, em Volta Redonda, durante operações da PF irão responder na Justiça comum

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Presos no dia 16 deste mês durante as operações as operações ‘Sideros’ e ‘Confinados’, em Volta Redonda, deflagradas pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Mistério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Polícia Militar (PM), os 25 policiais militares irão responder pela Justiça comum e não pela Justiça Militar. Os agentes irão responder por corrupção, tráfico de drogas, roubo e organização criminosa armada.

Segundo foi apurado antes das operações serem deflagradas, os policiais, todos lotados no 28º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Volta Redonda, são acusados de extorquir dinheiro de traficantes para não prendê-los e liberar drogas apreendidas. Ainda de acordo com as investigações, os agentes cobravam propina que variavam entre R$ 500 e R$ 10 mil. O valor em dinheiro era cobrado de acordo com a quantidade de drogas e armas liberadas. Quanto mais material liberado, maior era o valor da propina paga aos PMs.

De acordo com denúncias feitas ao MP-RJ, por meio de gravações telefônicas feitas com autorização da Justiça, foi descoberto que um PM ficou totalmente irritado quando determinou solicitou R$ 5 mil aos traficantes para liberar um suspeito que havia sido preso em flagrante por tráfico de drogas e os bandidos não atenderam a solicitação oferecendo um valor bem inferior ao pedido. Estão envolvidos 32 policiais, sendo que 25 foram presos e sete seguem foragidos. Todos os agentes presos foram levados para o Batalhão Prisional da Polícia Militar de Niterói, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Devido ao desfalque por causa das prisões dos agentes, o comando do 28º BPM está fazendo remanejamento de agentes. Os que atuavam até então no Setor Administrativo do BPM estão sendo enviados para o serviço de policiamento ostensivo nas ruas, ou seja, deixando o trabalho interno para atuar nas ruas da cidade. Vale lembrar que, além dos 25 presos na operação, mais sete envolvidos já são considerados foragidos, pois o total é de 32. Todos eles são acusados de envolvimento com traficantes e de cobrar propinas para liberá-los de flagrantes.

Na ocasião das operações, o objetivo foi cumprir 100 mandados de prisão, entre eles os 32 contra os PMS de Volta Redonda. O número de presos atingiu cerca de 5% do afetivo total do 28º BPM.

 

 

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