PM é recebida a tiros no Siderlândia por suspeitos que seriam de Angra dos Reis

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BARRA MANSA

Ontem, a 90ª Delegacia de Polícia registrou mais um caso que supostamente teria o envolvimento de traficantes oriundos de Angra dos Reis. Na madrugada de ontem, agentes 28° Batalhão da Polícia Militar foram recebidos a tiros por um grupo no bairro Siderlândia, que conseguiu escapar deixando as drogas para trás. Na terça-feira, dia 19, a polícia já havia apreendido cinco pessoas (entre eles três menores), no bairro Boa Sorte. Na ocasião, a PM informou ao jornal A VOZ DA CIDADE uma possível migração de tráfico da Costa Verde para a cidade poderia estar acontecendo, já que um dos envolvidos seria cunhado de um chefe de uma ‘boca’ de Angra dos Reis, que é procurado pelos agentes do 33° BPM, de Angra dos Reis.

Visando apurar denúncia de que na Rua São Vicente de Paula, no bairro Siderlândia, homens estariam vendendo drogas, policiais militares seguiram para o local onde foram recebidos a tiros na madrugada de ontem. Os policiais revidaram, mas ninguém se feriu. Os suspeitos conseguiram escapar por um matagal existente próximo ao local informado na denúncia.

Após o tiroteio, os agentes apreenderam uma moto, 12 pinos de cocaína, fogos de artifícios, um par de botas e um caderno com anotações do tráfico. Os policiais tiveram a informação de que os marginais seriam de Angra dos Reis, sendo dois homens e uma mulher.

Várias guarnições participaram das ações, entre elas: Patamo 1, Patamo 2, Setor Fox, Golf, DPO de Santa Clara e Floriano. O caso foi registrado na 90ª Delegacia de Barra Mansa (DP) e está sendo apurado.

NO CAMINHO PARA A DP

Os agentes se dirigiam para a delegacia para registrarem a ocorrência do tiroteio, quando receberam informações que os traficantes envolvidos estariam em um local conhecido como Rancho do Carrapato, também no bairro Siderlândia. Eles foram ao local, onde apreenderam oito pinos de cocaína (de R$ 10), 12 pinos da mesma droga (de R$ 50) e cinco tabletes de maconha (de R$ 50). “Depois, fomos informados que a droga pertencia a uma outra facção, que estaria em guerra com a primeira na disputa pelo ponto do tráfico”, registrou a PM. Ninguém foi preso nessa ação.

TRÊS DIAS ANTES

A Polícia Militar apreendeu, no início da tarde de terça-feira, cinco suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no Morro do Alecrim, no bairro Boa Vista, conforme divulgado na quarta-feira, dia 20, pelo A VOZ DA CIDADE. Entre eles, segundo a PM, um seria cunhado de um traficante conhecido como chefe de uma ‘boca’ em Angra dos Reis, oriundo de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Eles migrariam o comércio para Barra Mansa, mas foram flagrados pelos agentes.

“Eles estavam querendo abrir um ‘ponto’ aqui na cidade. Mas conseguimos impedir”, disse um policial à equipe do jornal A VOZ DA CIDADE. Todos os envolvidos, que foram apreendidos com 19,8 gramas de cocaína (14 pinos), foram conduzidos para a 90ª Delegacia de Polícia.

As apreensões foram realizadas pela 2ª Cia do 28° Batalhão da Polícia Militar, sob o comando da Patamo 2, compostas pelos soldados Arcanjo, Vinícius e Pueblo e o Cabo Marçal.

APOIO LOGÍSTICO NO CRIME

O A VOZ DA CIDADE conversou ontem com o delegado titular da 90ª Delegacia de Polícia, Ronaldo Aparecido de Brito, que descartou uma ideia de migração. “Digamos apoio logístico no crime, não migração”, disse o delegado, completando: “Traficantes das localidades de Barra Mansa conhecem traficantes de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, enfim, de todos os lugares. Com as amizades formadas, buscam apoio de pessoas que estão sem espaço nas outras cidades e as colocam para trabalhar no crime em Barra Mansa”, explicou Brito.

O delegado comentou ainda que tudo é tão obvio que lhe assusta a falta de abordagem pela imprensa em geral, principalmente no estado do Rio de Janeiro, onde há uma guerrilha urbana estabelecia. “O questionamento que nunca é feito é porque existem tantos traficantes. Se existem traficantes, é porque existem usuários, consumidores. A própria sociedade acaba fomentando esses bandidos. Esse é o ponto a se abordado. Se o tráfico aumenta, é porque o número de usuários está aumentando, cavando a sua própria cova”, atacou o delegado, garantindo que “as cidades oferecem ao crime o adubo necessário”.

Finalizando, o delegado pede a ajuda da população para denunciar esses casos. “Os moradores precisam denunciar os envolvidos, local, onde escondem as drogas. Enfim, isso ajudaria bastante; mas o principal seria combater o uso, diminuir a procura pelas drogas”, concluiu Ronaldo Aparecido, lembrando que o telefone da 90ª DP é (24)3328-4863.

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