Picciani, Albertassi e Paulo Melo são condenados no TRF2

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VOLTA REDONDA/ESTADO

Durante sessão da Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), na tarde desta quinta-feira, 28, foram condenados os três ex-deputados estaduais, todos do MDB, presos desde novembro de 2017 quando aconteceu a Operação Cadeia Velha. Os cinco desembargadores votaram pela condenação de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. As penas foram de 21 anos de prisão para Picciani, 12 anos e dez meses para Paulo Melo e 13 anos e quatro meses para Albertassi. A decisão ainda cabe recurso.

O trio foi denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Apenas Paulo Melo que não foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro. O relator foi o desembargador Abel Gomes, que também apontou a manutenção da atual prisão preventiva dos três. Picciani cumpre prisão domiciliar. Os demais estão em Bangu, no Rio.

Para o relator, Abel Gomes, foi um crime de corrupção onde estão deputados, governadores, secretariados de várias pastas e parlamentares de projeção importante. “Em 22 anos nós tivemos somente três pessoas ocupando o cargo de presidente da Alerj. É a cúpula do Rio de Janeiro há 22 anos recebendo pagamentos em dinheiro vivo e as vezes pagos no exterior”, disse. O revisor do processo, o desembargador Messod Azulay, mencionou que Picciani, Paulo Melo e Albertassi se aproveitaram de suas condições de deputados estaduais para obter benefícios pessoais. “Todos os três tinham poder para frear os crimes cometidos pelo ex-governador Sérgio Cabral, mas nada fizeram, pelo contrário, blindaram o político de investigações na Alerj. Fica claro que a presente organização é muito maior do que o que vemos aqui”, acrescentou.

Pelas investigações, foi apontada a existência de um esquema envolvendo a aprovação de projetos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro por contrapartidas de empresas de ônibus e empreiteiras. Os acusados teriam recebido mais de R$ 100 milhões.

DECISÕES

Além das condenações, foram estipuladas multas: Picciani deverá pagar R$ 11 milhões, Paulo Melo R$ 7 milhões e Albertassi R$ 6 milhões. Eles ainda ficam inelegíveis por oito anos.

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