Pedindo justiça, familiares de Anitta fazem novo ato pela morte da criança de três anos

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VOLTA REDONDA

Familiares da pequena Anitta Mylena Maris de Oliveira, de três anos, farão no próximo sábado, no bairro Vila Elmira, em Barra Mansa, um ato pedindo justiça pela morte da menina, ocorrida em 31 de março do ano passado em Porto Real. Segundo eles, os suspeitos, que eram padrinhos da menina, serão julgados na próxima segunda -feira, na cidade onde ocorreu o crime, às 15 horas, e a ideia da ação do final de semana é pedir justiça para que os mesmos não fiquem impunes pelo assassinato da criança, que foi espancada até a morte.

O suspeito, Clerison Kleber Martins, preso na ocasião, responderá por homicídio qualificado, sem direito de defesa da vítima e agravante. Em seguida, Fabrissa Rocha de Alcantara Martins, 29 anos, esposa de Clarison, também teve a prisão preventiva decretada por omissão. Os dois permanecem presos, segundo a família da criança. A decisão foi da juíza titular da Vara Única da Comarca de Porto Real/Quatis, Priscila Dickie Oddo. O laudo da morte constatou que a criança teve lesão por todo o corpo, sofreu traumatismo craniano com lesão encefálica e traumatismo abdominal e lesão renal.

Ontem, o A VOZ DA CIDADE conversou com exclusividade com a tia da menina, Janaina Ivone Raimundo Faria de Oliveira. Ela explicou que o fato mexe até hoje com todos os familiares, inclusive com os irmãos da pequena Anitta. Ela convida a todos a participarem da ação, que acontecerá às 17 horas no bairro Vila Elmira próximo ao quiosque no ponto final. A tia conta que os pais da criança, na ocasião, estavam presos e os padrinhos da menina ficaram com ela e com outra irmã, já que eram conhecidos da família. Os dois, inclusive, têm dois filhos, de oito e dez anos, que moravam também com eles.

“Os outros filhos ficaram conosco e as duas meninas ficaram com eles pouco mais de um mês antes do crime. A mãe estava presa há quatro meses e o pai há três anos”, contou. Ela explica que na ocasião, a outra sobrinha achou estranho o sumiço da irmã e perguntou algumas vezes onde ela estava. O casal, segundo a tia, alegava que ela estava de castigo. Mais tarde, a menina achou a irmã no quarto dos dois, e estava com o rosto machucado. “Pelo que eu sei, ela chorava muito, pois era muito pequena e sentia falta dos pais”, contou. Ela explicou ainda que hoje, tanto o pai quando a mãe estão soltos. “Ela, porém, foi liberada para cuidar da saúde. Ela tentou se matar várias vezes e ainda hoje tenta, não aceitando o que aconteceu”, disse Janaina.

O CASO

A criança deu entrada no Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, já sem vida. Lá, o suspeito foi preso por agentes do 37º Batalhão da Polícia Militar. Ele teria confessado aos policiais que tomava conta da criança e que teria batido nela. Contra ele, havia mandado de prisão em aberto por porte de arma e tráfico de drogas, por isso foi levado preso. A respeito da prisão de Fabrissa, segundo o Grupo de Investigações Criminais da 100ª Delegacia Legal de Polícia Civil de Porto Real, a juíza teria baseado o pedido suspeitando omissão de Fabrissa.

“Já cumprimos o mandado de prisão temporária dos dois suspeitos. Em depoimento, Fabrissa disse que estava em Barra Mansa e quando chegou a noite encontrou a menina deitada. De madrugada, ela teria acordado após ouvir a criança com dificuldades para respirar. Em seguida o casal foi para o hospital”, informou na ocasião um agente da polícia civil.

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