Paralisação de terceirizadas do Detran.RJ afeta o Sul Fluminense

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SUL FLUMINENSE

Funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços ao Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran.RJ)  paralisaram atividades desde segunda-feira, dia 8, em ao menos três cidades da região: Angra dos Reis, Barra do Piraí e Valença. Os trabalhadores alegam que estão com salários atrasados pelas empresas que são contratadas para auxiliar a rotina nos postos.

O problema tem se agravado, segundo o Detran, em virtude da fase de transição de contrato entre empresas terceirizadas. A situação ocorre em várias cidades fluminenses, principalmente na região Metropolitana. Os motoristas que buscam atendimento encontram cartazes fixados no portão das unidades fechadas, explicando a suspensão das atividades pela falta de pagamento dos trabalhadores.

As empresas terceirizadas frisam que o atraso no pagamento dos trabalhadores é consequência da falta de repasse de valores pelo Detran.RJ. Uma das empresas que emitiram posicionamento aos seus colaboradores é a Planejar, frisando tratativas para obter pagamento do Detran, sem êxito. “Desde outubro de 2020, várias tratativas e várias reuniões foram realizadas no intuito desta empresa receber pelos serviços que são executados por todos vocês, e em muitos desses contatos foi nos dado a palavra do líder máximo dessa instituição, que seria solucionado e que a Empresa poderia então honrar com seus compromissos diante de seus colaboradores, porém a palavra de pagamento dada em reuniões e em respostas de ofícios se perdiam ao vento sem que fossem cumpridas. Inicialmente prometeram um pagamento para o dia 27/11/2020, o que não ocorreu, atualmente o Detran/RJ já estão devendo os meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2020”, disse.

A empresa observa ainda que “nunca em sua história deixou de honrar com seus compromissos junto a seus colaboradores” e, que foi proposto “uma transição pacífica dos empregados da Planejar à empresa vendedora IBAP (empresa vencedora do processo Licitatório), visando minimizar os impactos, inclusive sob a condição de que todos recebam na integra seu Direitos Trabalhistas”. O comunicado aos colaboradores ressalta também que o Detran/RJ, em nenhum momento, comunicou à Planejar sobre a data de encerramento de seu contrato, apesar de já ter assinado com outra empresa.

Por sua vez, o órgão estadual alega que a suspensão é uma medida restrita às terceirizadas, uma vez que ocorre o fim de contrato e a transição entre empresas. Sobre a situação na região, o órgão informou ao A VOZ DA CIDADE que “na região Sul Fluminense, os postos de vistoria de Valença, Barra do Piraí e Angra dos Reis estão com o atendimento interrompido temporariamente devido à mudança da empresa que presta serviços. A previsão é de retomar as atividades até o fim da semana”.

A recomendação para os usuários destas cidades, pessoas com que tinham atendimento agendado, é “que retornem ao mesmo posto nos cinco dias úteis subsequentes à reabertura, sem a necessidade de reagendamento”.

COVID EM BARRA MANSA

Além das três cidades citadas com paralisação pela situação envolvendo os funcionários terceirizados, o Detran.RJ ressalta que não há atendimento no posto de Barra Mansa. Mas, neste caso, a unidade segue temporariamente fechada após a comprovação de caso de funcionário infectado pela Covid-19. “Os usuários que estavam agendados também poderão retornar à mesma unidade nos cinco dias úteis subsequentes à reabertura, sem necessidade de reagendamento”, frisa o Detran.

Porém, mesmo sem expediente em virtude das recomendações do setor epidemiológico, há funcionários de uma terceirizada do setor de identificação civil, receosos com a situação dos salários atrasados. “Estamos desde setembro sem pagamento e pela falta de comprometimento do Detran, a empresa foi obrigada a colocar esse ofício encerrando as atividades nos postos e na sede do Rio também”, critica uma funcionária do posto de Barra Mansa, gerando a expectativa que mesmo quando terminar o período de fechamento pela medida de segurança contra a Covid, a unidade possa ter alguns setores também em situação de paralisação pelos seus funcionários terceirizados.

*Postagem editada às 13h54min

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