Operação mira em integrantes de organização que furtava cargas de caminhões

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RIO/SUL FLUMINENSE

Nesta manhã de quarta-feira, dia 3, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da 61ª e 105.ª Delegacias de Polícia, realizam a Operação Resina. O objetivo da ação é cumprir sete mandados de prisão preventiva contra integrantes de uma organização criminosa especializada em furto qualificado de cargas de caminhões. São ainda 27 mandados de busca e apreensão, um deles em Piraí.

De acordo com as investigações, os criminosos furtavam caminhões com materiais como aço, ferro e resina e, após o furto, se organizavam para distribuir a carga, por meio de receptação qualificada e corrupção ativa e passiva.

De acordo com o MP, no total, mais de R$ 1.160.000,00 em materiais como aço, resina, telas de aço e tubos de dragagem de ferro foram furtados pelos criminosos. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Na denúncia encaminhada à 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, o GAECO/MPRJ destaca que os integrantes do grupo criminoso, composto por 21 pessoas denunciadas, associavam-se a funcionários de transportadoras, em geral motoristas de caminhões. “Eles gozavam da confiança de seus empregadores, recebiam as mercadorias a serem transportadas e, uma vez de posse de tais bens, entregavam a carga aos demais integrantes do grupo”, diz a nota do MP, completando que após os furtos, eram confeccionados falsos registros de ocorrência em delegacias distantes do local do suposto roubo e, para a confecção de alguns desses falsos registros, houve a participação de dois policiais civis do Estado de São Paulo, que tiveram seu afastamento determinado pela Justiça. Os dois foram denunciados por corrupção passiva.

O Ministério Público explica ainda que do total de 21 denunciados, sete tiveram a prisão preventiva decretada, sendo quatro empresários, que agiam como intermediários e, por vezes, receptadores, pois disponibilizavam local para o armazenamento das cargas furtadas até o seu destino, seja repassando para um receptador final, seja vendendo para um comerciante de boa-fé. “Outros três alvos dos mandados de prisão eram proprietários de caminhões, que utilizavam os veículos para subtrair as cargas. Eles também eram responsáveis pelo recrutamento de motoristas para o esquema criminoso e pelo contato com os intermediários dos receptadores”, conta a nota.

A operação cumpre, ainda, 27 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários, proprietários de caminhões, motoristas e intermediários na capital, em Duque de Caxias, Piraí, Mesquita e Nova Iguaçu, além das cidades paulistas de Piracicaba, Ribeirão Pires, Guarulhos e São Paulo; e mandados de busca e apreensão de 12 caminhões utilizados pela organização criminosa para os furtos das cargas.

 

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