ONU e São Tomé e Príncipe trabalham juntos para abordar a violência de gênero até 2027

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NOVA IORQUE

Até 2027, as Nações Unidas têm uma estratégia em colaboração com as autoridades de São Tomé e Príncipe que visa abordar várias formas de violência de gênero. A implementação envolve agências como o Fundo da ONU para a População (UNFPA). Em escolas e clubes juvenis, centenas de estudantes debatem temas como sexualidade, igualdade e direitos humanos.

O representante das Nações Unidas em São Tomé, Eric Overvest, enfatizou que a violência de gênero é um problema sério no país, com 13% das mulheres entre 15 e 49 anos sendo vítimas de violência emocional, física ou sexual, de acordo com dados de 2019. Ele destacou a importância de uma abordagem integrada de prevenção e resposta, devido às normas sociais negativas e desigualdade de gênero que perpetuam práticas prejudiciais.

O problema, semelhante em várias partes do mundo, inclui abusos por parceiros íntimos e violência sexual. Na África Subsaariana, cerca de um terço das mulheres enfrentou essa situação. A parceria entre as Nações Unidas e São Tomé visa influenciar o ambiente doméstico e se expandir para outros setores, incluindo instituições que oferecem serviços públicos.

A estratégia engloba uma abordagem holística de combate à violência doméstica e familiar, com foco em prevenção, mudança social, comportamental e estabelecimento de um sistema eficiente de gestão multissetorial de casos. O apoio da ONU abrange coordenação interinstitucional, suporte à vítima, reforço de capacidades institucionais e produção de dados estatísticos de qualidade.

Além das iniciativas educacionais, os esforços contra a violência de gênero incluem acompanhamento e produção de dados de qualidade, bem como parcerias com redes jovens e ministérios para sensibilização e apoio aos centros de aconselhamento com enfoque de gênero. O apoio da ONU faz parte do novo Quadro de Cooperação 2023-2027 entre o Governo de São Tomé e Príncipe e a ONU.

O empoderamento de meninas é um foco do Ministério da Educação, Cultura e Ciências, beneficiando mais de 16,1 mil estudantes por meio de manuais, capacitação de professores e reabilitação de sanitários escolares.

* Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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