Oito toneladas são arrecadadas no Descarte Solidário de Eletroeletrônicos em Barra Mansa

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BARRA MANSA

Durante este sábado, 28, das 9 às 15h30min, aconteceu na Praça da Matriz, Centro, o Descarte Solidário de Eletroeletrônicos, uma ação do Rotary Volta Redonda, com apoio do Rotary Barra Mansa e prefeitura. Ao todo, foram arrecadadas oito toneladas de lixo eletrônico, em ação iniciada em cinco escolas e com sua culminância no sábado que contou com participação da população que deixava os eletrônicos para descarte. Todo material coletado será enviado para a empresa de reciclagem e-Coleta, em Minas Gerais que paga R$ 250 por tonelada arrecadada. A verba será destinada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Barra Mansa (Apae) e para Cooperativa de Catadores (Coopcat).

Segundo o idealizador do projeto, Anderson Oliveira, em 2020 estão estudando algumas ações para aumentar ainda mais a efetividade, como ecopontos fixos e até um aplicativo de celular que informaria os locais onde o descarte pode ser feito e as datas e locais onde aconteceriam o descarte solidário. “Não é errado dizer que cada família tem, no mínimo, dez quilos de eletroeletrônico que não funciona mais, ocupando um quartinho. E, além disso, a ação tem cunho social, pois com a venda do material descartado, o valor será destinado para a Apae e Cooperativa de Catadores de Barra Mansa”, contou.

Essa é a segunda vez que a ação é realizada em Barra Mansa. O projeto começou em Volta Redonda, onde já foi realizado três vezes, em Rio Claro a segunda vez será no dia 5 de outubro e está acontecendo em outras cidades do Rio de Janeiro, como Bonsucesso e Seropédica.

O idealizador contou que a ideia surgiu como um projeto de seu mestrado de desenvolvimento de solução para logística reversa. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos determinou que é do fabricante a responsabilidade de retirada do material obsoleto do meio ambiente, mas há dificuldades. Com a obrigação, os fabricantes criaram uma fundação e Anderson Oliveira está em conversa com representantes para que a obrigação deles seja transformada em ação socioambiental. “Os fabricantes, em dois anos recolhendo arrecadaram 107 toneladas e nós, em dez dias, 120 toneladas. A intenção é fazer essa parceria com eles, através da fundação, para que entremos com a realização e a renda seja revertida para entidades sociais. Transformar essa obrigação deles em ganho econômico para quem precisa”, contou.

O QUE É LIXO ELETRÔNICO?

Segundo Anderson, lixo eletrônico é todo o material que funciona através de energia, bateria, pilha, eletricidade ou até mesmo energia alternativa, como eólica ou a gás. Atualmente, pilhas e lâmpadas não podem ser descartadas nessa ação, mas a partir de 2020 isso vai mudar.

E apesar de muitas pessoas ainda não saberem que precisam descartar esse tipo de material em um lixo correto, há alguns poucos que se preocupam com o meio ambiente, como é o caso de Fábio Cavalcanti Furtado, 43 anos. “Sabemos que não poderíamos jogar no lixo normal televisão, computador, e estávamos só esperando uma oportunidade para fazer o descarte de maneira correta”, contou. E quem não sabia tratou de participar. “Estive aqui pela manhã porque não sabia se poderia descartar uma televisão. Me informei e voltei aqui para deixar a televisão”, contou Giovane Alex Aguiar.

População compareceu para fazer doações – Foto: Cris Oliveira

CONHECENDO A COLETA SELETIVA

Durante a manhã de sábado, representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto e da Cooperativa de Catadores (Coopcat), também estiveram na Praça da Matriz para informar sobre o trabalho da Coleta Seletiva. O coordenador do programa Coleta Seletiva do Saae de Barra Mansa, Sérgio Antônio da Silva, disse que também queriam informar a população que a cidade é a primeira colocada em todo o estado em coleta seletiva. Apesar dessa conquista, a participação das pessoas ainda é pequena. “É preciso que mais pessoas façam a separação do lixo e estamos informando isso hoje, divulgando os dias da coleta seletiva nos bairros, mostrando o que pode ser feito com o lixo reciclado, como camisas, mesas e cadeiras, torneiras, vassouras, materiais de artesanato, uma infinidade de coisas. Além disso, a coleta ainda gera renda para 35 famílias”, contou.

População pode conhecer materiais feitos da reciclagem- Foto: Cris Oliveira/Divulgação

A população, segundo ele, pode separar para coleta todas as embalagens de papel, papelão, plástico, vidro, metal e até material eletrônico que não funciona mais. Além disso, o óleo de cozinha também é recolhido para reciclagem.

ESCOLAS PARTICIPANTES

As escolas que tiveram os pontos de coleta são: Colégio Municipal Clecio Penedo, no Nova Esperança; Colégio Municipal Vereador Paulo Basílio, no bairro Vila Nova; Colégio Municipal Padre Anchieta, no Vista Alegre; Colégio Municipal Jahyra Fonseca Drable, no Distrito de Amparo; e, Colégio Municipal Bartolomeu Anacleto, no Distrito de Floriano.

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