SAQUAREMA
Yago Dora, de 27 anos, nascido em Curitiba (PR), e radicado na cidade de Florianópolis (SC), foi imbatível na manhã deste sábado, dia 1º, em Saquarema, Região dos Lagos, do Estado do Rio de Janeiro, com direito a uma nota 10 em um aéreo perfeito, e conquistou seu primeiro título na elite do surfe mundial ao vencer o Rio Pro, etapa brasileira do Circuito Mundial da WSL.
Depois de ‘levar’ a melhor no duelo ‘caseiro’ com Jadson André nas quartas de final e superar o havaiano John John Florence na semifinal, o surfista de 27 anos brilhou contra o australiano Ethan Ewing na decisão e ergueu o troféu da etapa diante de uma multidão eufórica na Praia de Itaúna.
Com a conquista, o consolidado “manezinho” alça a 5ª colocação no ranking mundial do surf e entra na briga por uma vaga no WSL Finals 2023, que reúne os cinco melhores surfistas do mundo. Além disso, Yago Dora, também vai em busca de uma vaga nas Olimpíadas de Paris 2024 (os dois melhores do país na temporada garantem a vaga).
Yago iniciou o dia derrotando o, também brasileiro, Jadson André, nas quartas de final com direito a uma das melhores ondas do sábado, com um 8,50. Na semifinal, teve pela frente o bicampeão mundial John John Florence, que conquistou a maior nota do dia (8,93) nas quartas de finais.
A briga por uma vaga na final prometia uma disputa equilibrada, mas o que se viu na água foi muito diferente das expectativas. Numa bateria sem grandes notas, Yago foi mais consistente e conseguiu um 6.00 em sua melhor onda, avançando para sua primeira final na elite com 10.60, contra apenas 6.50 do rival.
A decisão contra Ewing, atual número 4 do surf mundial, Yago começou com ondas de baixa pontuação. O australiano conseguiu um 4,83 e Yago logo respondeu com um 4,10. O “manezinho’ tentou elevar o nível da disputa com aéreo reverso, mas não conseguiu completar a manobra e as pontuações seguiram abaixo dos dois dígitos. Em uma boa direita, o brasileiro recebeu um 4,83 e assumiu a liderança, mas com vantagem mínima: 8,93 a 8,50.
A bateria parecia caminhar para um final morno, até que a 15 minutos do fim, fazendo valer o dito popular de que ‘brasileiro deixa tudo para a última hora”, Yago finalmente conseguiu mostrar suas credenciais. Com um aéreo perfeito na junção, acima do lip da onda (a crista da onda. Line up: alinhamento dos surfistas no ponto em que as ondas se formam) e uma rotação completa, ele conquistou uma nota máxima: o 10.0.
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Assim, levou o público ao delírio e chegou a 14,83, deixando o adversário em combinação. Ewing até conseguiu aumentar seu total com um 6.00, o que não foi o suficiente para impedir a belíssima conquista de Yago.
