MPRJ deflagra ‘operação Robgol’ para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão na região

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira, dia 11, a operação “Robgol”. Cinco pessoas foram presas durante a manhã, segundo o delegado de Barra Mansa Ronaldo Aparecido de Brito, titular da 90ª Delegacia de Polícia (DP) que participou da ação e que há anos vem investigando Robson Tertuliano da Silva, chefe da organização criminosa. No decorrer das investigações foram apreendidos 50 quilos de cocaína. A operação foi batizada de Robgol em uma referência ao apelido de Robson, que continua foragido.

“Também estão foragidos Chrisostomos Ferreira, Andressa Rocha Souza da Cruz, companheira de Robson, entre outros”, disse a equipe do MPRJ.

A ação ocorreu também por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Barra Mansa, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Polícia Civil do Estado (90ª Delegacia de Polícia – Barra Mansa).

“Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a 15 integrantes de organização criminosa em atuação no município de Barra Mansa voltada à distribuição e comércio de substâncias entorpecente na região e à prática de crimes de lavagem de dinheiro”, informou o MPRJ.

A investigação contou, ainda, com o importante apoio do Núcleo de Inteligência (NUINT) da Superintendência Regional do Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro (SRPRF/RJ), quando da abordagem de veículos e apreensão das cargas de entorpecentes que eram transportadas em rodovias federais que cruzam a região Sul Fluminense.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital, que concedeu medida assecuratória patrimonial de sequestro dos bens móveis envolvidos nas manobras de lavagem de dinheiro, bem como o afastamento do sigilo dos dados de todos os dispositivos eletrônicos de armazenamento de dados eventualmente arrecadados durante as diligências de busca e apreensão.

Na denúncia, os promotores de Justiça ressaltam que os diálogos captados demonstraram que a organização criminosa promovia ativamente a venda de drogas na região Sul Fluminense, proporcionando a pulverização das cargas de drogas. Destacam, ainda, que os criminosos constituíram, integraram e promoveram complexa organização criminosa, dedicando-se a atividades criminosas que lhes conferiam consideráveis vantagens econômicas.

FORNECEDOR DE DROGAS

Ao A VOZ DA CIDADE, Ronaldo Aparecido expôs que foi apurado pela equipe da 90ª DP que Robgol seria o responsável por enviar drogas a um traficante líder do comércio ilícito do bairro Vale Verde, em Volta Redonda (próximo ao bairro Vila Brasília). “Após a droga chegar na região, o entorpecente era distribuído para outras localidades dominadas pelo Terceiro Comando”, disse  delegado.

O policial ressalta que a Polícia Civil solicita a colaboração de todos para tornar Barra Mansa uma cidade mais segura, denunciando qualquer ato criminoso pelo telefone do Disque Denúncia. “O sigilo é garantido”, afirmou Brito.

MANSÃO NO LARANJAL

Em setembro de 2020, agentes da 90ª DP de Barra Mansa, estouraram uma refinaria de drogas, que funcionava em uma residência de luxo no bairro Laranjal, em Volta Redonda. O imóvel pertence a Gerson Chrisostomo Ferreira, o Gerson Antunes, segundo o delegado. A informação da polícia é de que ele, que foi flagrado na casa, com outros dois homens, Geovane dos Santos, o Vaninho, suspeito de chefiar o tráfico no bairro Vale Vede e outras localidades, e seu filho Mozart. Gerson tinha se lançado como pré-candidato a prefeito na cidade do Aço pelo PDT na ocasião.

No imóvel havia ainda outro suspeito, Robgol, que seria fornecedor de drogas para a região Sul Fluminense e para os bairros de Senador Camará e Bangu, na Capital, que conseguiu fugir pulando o muro dos fundos. No local, além das três prisões, os policiais apreenderam também seis quilos de pasta base de cocaína, além de quatro veículos adquiridos com recursos do tráfico, que eram usados para transportar drogas entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em março deste ano, o ex-candidato a vereador Gerson Chrisóstomo foi mantido em liberdade após desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJRJ), referendarem a decisão de 1ª instância. O julgamento ocorreu no dia 9. O plenário apreciou o pedido do Ministério Público (MP), substituindo a prisão preventiva do trio (todos os presos na ação do Laranjal) por medidas cautelares.

Na ocasião, a Justiça considerou que “não há indícios de que poderá vulnerar a ordem pública”.

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