Motoristas de aplicativos de Barra Mansa aderem manifestação contra Projeto de Lei que regulamenta a profissão

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BARRA MANSA

Cerca de 100 motoristas de aplicativos, de Barra Mansa, devem participar de uma manifestação que está sendo organizada pela categoria, nesta terça-feira, dia 26, contra o Projeto de Lei de Complementar PLP-12/2024, atualmente em tramitação em regime de urgência na Câmara dos Deputados, em Brasília. Os profissionais aderiram ao movimento, que deve ocorrer em todo país, por discordarem contra algumas medidas que visam regularizar a profissão.

A manifestação está marcada para às 14 horas, com saída em frente ao Estádio Leão do Sul, no bairro Colônia Santo Antônio, com destino à Praça da Matriz, no Centro. Um dos organizadores da manifestação, o motorista Douglas de Oliveira Cezar Moura, explica que uma das determinações do projeto, que a categoria discorda é que não será permitido que os ganhos dos motoristas de aplicativos ultrapassam os R$ 32,90 por hora trabalhada, o que daria autonomia para que as plataformas limitassem a quantidade de corridas aos motoristas ao atingirem este valor por hora.

“É uma proposta muito prejudicial aos motoristas de aplicativo e, por isso, esse movimento vai acontecer em todo país. Não somos contra a regulamentação, sabemos a necessidade disso acontecer, mas não com a propostas que foram feitas, que são covardes e não ouviram os motoristas de aplicativo e só o lado das plataformas. Queremos que seja retirada essa urgência de 45 dias para aprovação para que possamos pedir a alteração de alguns pontos. Um deles é a questão do ganho por hora. Hoje a gente recebe por quilometragem e na proposta do governo vamos ganhar R$ 32 a hora rodada. Quando eu estiver com o carro parado, por exemplo, esperando uma corrida, não vou ganhar nada”, reclama o motorista.

De acordo com Moura, outros pontos do Projeto de Lei também estão sendo criticados pela categoria, como o que sugere normas que reduzem os ganhos dos motoristas, exigindo muito mais horas de trabalho para manter o mesmo nível de renda anterior ao projeto.  Os motoristas também discordam da obrigatoriedade de terem que recolher 7,5% sobre a remuneração para a previdência, o que segundo eles acarretaria em um valor maior do que já pagam através do Microempreendedor Individual (MEI).

 

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