Morador solicita há três anos corte de árvore que oferece risco à comunidade

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BARRA MANSA

‘Jogo de empurra, empurra’. Com essas palavras o morador do distrito Rialto, Paulo César Alves, define os serviços prestados pelas autarquias municipais.  Ele afirma que desde 2016 vem solicitando o corte de uma árvore que está em situação de risco e pode causar uma tragédia, pois, além de ser velha e estar com cupim, os galhos que cresceram demasiadamente estão acima dos fios elétricos dos postes. Paulo conta que tanto a Light, quanto a prefeitura, dize não ter a responsabilidade para a execução do serviço, mesmo ele já tendo a autorização de poda do Meio Ambiente.

O morador conta que tem todos os documentos e protocolos das solicitações do corte, e que técnicos da Light já estiveram no local e constataram que a árvore representa risco. Segundo Paulo César, a Mangueira tem 50 anos e mede mais de dez metros. “Caso ela caia, atingirá os fios elétricos e isso poderia acarretar tragédias”, alertou. Ele ainda conta que ao entrar com o pedido pela Light, o órgão afirmou que isso seria de responsabilidade da prefeitura, e a prefeitura teria dito que a responsabilidade é da Light.

Paulo desabafou sua insatisfação. “Por que as coisas só acontecem depois da porteira arrombada no Brasil? Lamentável o descaso com o pedido e alerta de um cidadão contribuinte de impostos. A Prefeitura Municipal de Barra Mansa joga pra Light e vice e versa. Tentei com a Defesa Civil, porém também não exigiu uma solução para evitar o acidente com uma mangueira velha e doente, inclusive infestada por cupim, já detectado pela Secretaria de Meio Ambiente, que autorizou a poda drástica”, disse no post.

Tanto a Light, quanto a prefeitura informaram que não tinham a responsabilidade de executar o corte – Foto Divulgação

A RESPONSABILIDADE É DE QUEM

A equipe do A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a assessoria da prefeitura, que informou que por ser uma árvore dentro de uma propriedade particular, o manejo é inteiramente do proprietário. “Inclusive já foi emitida uma autorização para que seja realizado o corte. Outro impasse é o fato dela estar próxima a fiação de alta tensão. Por esse motivo, foi solicitado pela secretaria que a concessionária responsável pelo abastecimento de energia no município, a Light, faça os cortes nas áreas mais próximas dos fios, porém o restante deverá ser feito pelo proprietário”, informou.

Por outro lado a Light afirmou que esse serviço não é de sua responsabilidade, já que os galhos não estão fazendo contato direto com a rede elétrica. “A empresa apenas executa este tipo de serviço em galhos que interferem na rede. O cliente deve entrar em contato com a prefeitura para solicitar a poda. Se o órgão necessitar do apoio da Light pra a execução do serviço, ele deve informar a companhia de energia para que a rede elétrica seja desligada, caso necessário” disse.

E nesse enredo, que persiste há três anos, Paulo César teme que o pior aconteça, e afirma que caso uma tragédia ocorra, alguém terá que responder. “Eu tenho todos os documentos e solicitações para que eles executem o serviço. Existe uma lei que impede a execução do corte de árvores em terrenos particulares, porém em casos extremos, que prejudiquem a transmissão de energia ou coloquem vidas em risco, eles devem realizar o serviço sim”, afirmou.

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