Jogador do Voltaço é citado por envolvidos no esquema de manipulação de resultados de jogos

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VOLTA REDONDA/ESTADO

O nome do Voltaço apareceu nas investigações envolvendo a máfia de apostas no futebol. Grupo de apostadores, segundo investigações, mencionaram contatos com jogador do Volta Redonda. O nome do jogador não foi veiculado. Em nota, o Volta Redonda Futebol Clube disse que tomou conhecimento pela mídia, com surpresa e indignação, de possível envolvimento de um atleta do clube em esquema de manipulação de resultado em jogos da Série A do Campeonato Carioca deste ano.

“Destacamos que jamais compactuaremos com este tipo de conduta totalmente antidesportiva, prezando pela ética e moral no esporte e estaremos acompanhando o desenrolar das investigações. O Volta Redonda F.C. ainda não foi procurado pelas autoridades, mas desde já se coloca à disposição para colaborar com a investigação e espera que todos os envolvidos sejam punidos com o rigor da lei”, diz a nota.

No dia 18 de abril deste ano o Ministério Público de Goiás realizou a 2ª fase da Operação Penalidade Máxima, que investiga a atuação de um grupo criminoso responsável por aliciar jogadores de futebol a fazer em campo algumas ações que influenciem o resultado de apostas. Tudo isso em troca de dinheiro. Neste mês de maio, a investigação ganhou notoriedade nacional, com indiciamento de jogadores da série A do Campeonato Brasileiro. Quinze jogadores foram denunciados e sete se tornaram réus até o momento.

Foi veiculado nessa semana que jogadores de clubes do Rio de Janeiro teriam também sido contatados pelo grupo de apostadores. Foram enumerados até oito estaduais nos quais afirmaram ter contatos com jogadores.

Um dos denunciados que já foi preso pela operação é Thiago Chambó. Bruno Lopez, apontado nas investigações como o líder do grupo conversa com Thiago. E diz que no Carioca já teria quatro atletas no esquema. Isso teria acontecido em 14 de janeiro. Três dias depois, Bruno diz que já tinha dois jogadores confirmados, um do Bangu e outro do Volta Redonda. Thiago pergunta se seriam titulares dos clubes e Bruno confirma.

As conversas ainda apontam jogadores de outros clubes do Rio, como Nova Iguaçu e Boavista. Esses já teriam recebido dinheiro. Em outro trecho de conversas, em 13 de fevereiro, Luis Felipe Rodrigues de Castro, um dos denunciados pelo MP-GO,  menciona para Bruno Lopez o Volta Redonda. “”Se pá (sic) vou ter um do Volta Redonda aqui. Contra o Flamengo quarta”. O Flamengo venceu por 3 a 1 a partida.

O ESQUEMA

O Ministério Público de Goiás cobra dos envolvidos o ressarcimento de R$ 2 milhões por danos morais coletivo. Funciona da seguinte forma: o grupo procura um atleta e oferece participação no lucro de aposta e até antecipa dinheiro. As apostas envolvem lances comuns do jogo – pênalti, falta, cartão, número de escanteios. Com negociação acertada, os criminosos fazem apostas com retorno certo. O jogador que não cumpria o combinado era cobrado pelo grupo. Ameaçados, os atletas combinavam novas manipulações.

O órgão faz essa investigação desde novembro de 2021 e começou quando o presidente do Vila Nova de Goiânia, Jorge Hugo Bravo, descobriu que jogadores do clube estavam sendo aliciados pelo grupo de apostadores antes de um jogo.

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