BARRA MANSA
A ‘Casa de Acolhimento’ da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer e Leucemia de Barra Mansa, recebe diariamente diversas famílias e pacientes que moram longe do hospital onde são tratados e precisam passar algum tempo pela região. A instituição, sem fins lucrativos, oferece acomodações gratuitas, na Rua Saturnino Braga, nº 200, no bairro Ano Bom e atualmente conta apenas com quatro voluntários.
Mariângela Vieira, de 56 anos, é de Paraty e há seis anos realiza o tratamento contra o câncer de mama em um hospital de Volta Redonda. Uma das moradoras mais antigas da Casa, ela conta que receberá alta ainda nesta semana, mas que jamais esquecerá o apoio que recebeu por aqui. “Eu agradeço a Deus todos os dias por esse lugar. Como moro longe, eu não tinha condições de me manter por aqui para fazer o tratamento, mas agora além de receber essa ajuda, ganhei também uma segunda família”, disse.
Rita Antero, de 84 anos, é de Angra dos Reis e faz o tratamento em Barra Mansa. Ela relata que conheceu a instituição em dezembro do ano passado. “Isso aqui representa tantas coisas para mim que não tenho palavras para descrever. Primeiro porque não tenho condições de pagar o aluguel de um lugar para ficar e fazer o tratamento e outra porque eu aprendi a amar essas pessoas e vou levar para sempre em meu coração”, falou.
‘Tudo por amor’
Essa foi à frase dita por uma das fundadoras da instituição ao descrever o motivo do surgimento da iniciativa. Vera Lúcia Silva, de 62 anos, apoia e auxilia pessoas com câncer desde 2011. “Há 12 anos o pastor da minha igreja falou sobre um propósito que Deus colocou em seu coração para fundarmos uma instituição e ajudar pacientes em tratamento contra o câncer. Então com muita fé e oração, Deus colocou em nossas vidas essa casa que na época estava para alugar e aos poucos fomos montando e mobiliando os cômodos para conseguir receber as pessoas”, falou.
A casa de dois andares, com cinco quartos, dois banheiros, duas cozinhas e uma área de lazer, já chegou a acomodar cinco famílias ao mesmo tempo. Vera explica que o lugar hoje é a sua segunda casa, onde recebe diariamente pessoas de diversos lugares e com diferentes histórias. “Eu me coloco no lugar delas e ajudo como posso, seja lavando roupa, fazendo bolo, acompanhando nas consultas, no que eu puder”, relatou.
Keyla Mazoto, de 60 anos, é presidente da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer e Leucemia de Barra Mansa. Ela conta que em 2014 perdeu uma sobrinha para o câncer de mama e após acompanhar todo o tratamento da parente decidiu investir na causa. “Decidi fazer algo para ajudar essas pessoas. Então comecei a realizar junto com conhecidos e voluntários, diversas campanhas para falar sobre a leucemia e incentivar a doação da medula óssea. Desde então não parei mais de ajudar na causa”, falou.
Em 2017, quando o primeiro representante da Casa de Acolhimento precisou deixar a cidade, ela assumiu a responsabilidade de manter o local funcionando. Hoje a instituição conta com apenas quatro voluntários e tem um custo mensal de R$1,5 mil , sem contar os gastos com alimentação e produto de limpeza. A voluntária e tesoureira da Casa, Rejane Negrão, de 47 anos, explica que toda ajuda é necessária e sempre muito bem-vinda. “Realizando campanhas, bazar e outras iniciativas para conseguir arrecadar fundos e manter a casa funcionando. Temos também nossos colaboradores que se solidarizam com a causa e todo mês ajudam como podem. Tudo aqui é fruto de doação e toda doação é importante”, disse.
Como ajudar?
Aqueles que quiserem contribuir de alguma forma com a instituição e conhecer melhor a iniciativa, podem entrar em contato através dos telefones: (24)99967-5553, (24)99972-8052 ou (24) 98129-2315. A chave do PIX para doações é o CNPJ: 44454097000188. Banco: SICOOB. Conta Corrente: 86.198-7
