INB contrata empresa para projetar segunda fase de Usina de Enriquecimento

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 RESENDE

A segunda fase de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende, terá um projeto básico. A assinatura de contrato foi feita na quinta-feira, 27, entre a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A (Amazul) para a prestação de serviços de engenharia.  A assinatura aconteceu durante a cerimônia de comemoração de 20 anos da criação da Diretoria Técnica de Enriquecimento Isotópico da INB, na FCN.

A primeira fase da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio foi concluída no final de 2022. São dez cascatas ultracentrífugas em operação, destinadas ao enriquecimento de urânio, que é utilizado na produção do combustível para usinas nucleares nacionais. O empreendimento permite à INB atender a 70% da demanda das recargas anuais de Angra 1, reduzindo seu grau de dependência na contratação do serviço no exterior.

Com a segunda fase de implantação, denominada Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU), a INB deverá operar com mais 30 cascatas de ultracentrífugas, o que garantirá ao Brasil a autossuficiência no enriquecimento de urânio. A previsão é de que, até o ano de 2033, a empresa tenha capacidade de atender, com produção totalmente nacional, a demanda de combustível de Angra 1 e de Angra 2 e, até 2037, às necessidades de Angra 3.

“É a certeza e a afirmação da vontade de todos os envolvidos a darem continuidade a esse processo que é muito importante para o Brasil. Esse empreendimento deve ser motivo de orgulho, não só para os trabalhadores da INB, mas para todos os brasileiros, visto que o enriquecimento isotópico de urânio é uma tecnologia de ponta e 100% nacional, desenvolvida pela Marinha do Brasil em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares”, ressaltou o presidente da INB, Carlos Freire Moreira.

Essa parceria foi ressaltada pelo diretor presidente da Amazul, Newton Costa, que ressaltou que a  empresa terá autonomia para fornecer o elemento combustível para as usinas de Angra, assim como para outros projetos nacionais.  “E isso contribui para diversificar a matriz e garantir a segurança energética do País com energia limpa, com impactos positivos no enfrentamento das mudanças climáticas”, afirmou.

 

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