Igreja Matriz é assaltada pela segunda vez no ano

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BARRA MANSA

‘Cara de anjo’. Foi assim que uma funcionária da Igreja Matriz de São Sebastião, uma das mais tradicionais da região e localizada no Centro, definiu para o A VOZ DA CIDADE a cara do assaltante que levou, às 12h30min de segunda-feira, dia 9, a quantia de R$ 360 da paróquia. O dinheiro, segundo ela, não era do dízimo como vem sendo divulgado. “Era referente a uma taxa de inscrição de um curso de liturgia que será realizado em Barbacena, em Minas Gerais”, disse.

A funcionária preferiu não se identificar. Ela comentou que trabalha há mais de 22 anos no local e que nunca viu tamanha insegurança e desordem. “Depois do último episódio (que ocorreu em agosto), passamos a não permitir mais que as pessoas entrassem aqui para beber água, apenas umas exceções. Muita gente que fica no ponto vem, então é comum, mas fechamos esse acesso. Agora eles pedem”, contou a funcionária.

“Esse rapaz chegou aqui com cara de anjo e pediu água todo bondoso. Não tinha como negar. Nem sei se ele tinha intenção de roubar. Acredito que ele observou o papel com o dinheiro dentro do pacote e aproveitou que a secretária saiu e pulou o balcão e o pegou”, explicou, dizendo que a ação levou menos de 30 segundos. “Esse dinheiro era referente a quatro inscrições de hospedagem a pessoas interessadas em um curso de liturgia em Barbacena”, completou.

Questionada se foi feito registro de ocorrência, a mulher explicou que o padre esteve na delegacia e não conseguiu. “Pediram tanta coisa que ele desistiu. Não sei se ele volta”, comentou.

A funcionária da paróquia finaliza explicando que todos do local estão preocupados com a segurança. “É por isso que o país está desse jeito. Não temos pra onde correr”, lamentou.

SEGUNDO CASO

Em agosto, o local já havia sido arrombado por bandidos. Segundo informações, foram levados cerca de R$15 mil em espécie dos cofres da igreja, que ficou toda revirada e teve ainda as portas e gavetas arrombadas. Os equipamentos eletrônicos e outros bens, como imagens e objetos sagrados, não foram levados. Neste caso, os responsáveis fizeram o registro na 90ª Delegacia de Polícia.

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