Homem é preso após agredir companheira e arrancar parte de seu cabelo

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ANGRA DOS REIS

Um homem, de 28 anos, foi preso na noite de quarta-feira, dia 6, em Angra dos Reis, após agredir a companheira, de 38 anos. Além das agressões físicas e verbais, ele arrancou parte do cabelo da vítima. A delegada titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) da cidade, Carla Ferrão, conversou com o A VOZ DA CIDADE destacando a importância de denunciar esse tipo de crime.

O homem foi preso nos artigos 129, 140 e 147 do Código Penal (CP) pelos crimes de ameaça, injúria e lesão corporal na forma da Lei Maria da Penha.

A vítima esteve na Deam, acompanhada da mãe, uma idosa, para relatar a agressão, ocorrida em sua residência, no bairro Manguinhos.

“Ela disse que na quarta-feira, em torno das 7h30min, ele chegou em casa muito alterado, invadiu a sua residência, a chamando de safada, a agredindo através de enforcamento, mordida e cortou parte do seu cabelo. Segundo a vítima,  ele depois saiu de casa, após a mesma gritar por socorro e a ameaçou, dizendo que a deixaria careca. Ela contou que esta não foi a primeira agressão sofrida e que o mesmo é usuário de drogas e álcool”, disse a delegada, completando que a testemunha narrou não ter presenciado os fatos, mas que tem conhecimento o comportamento agressivo do homem, assim como corroborou que esta não foi a primeira agressão sofrida por sua filha.

Diante dos fatos, a equipe da Deam, em função do mandado de prisão, expedido pelo plantão do judiciário, em razão da representação por prisão cautelar preventiva, o prendeu. “Ele ao ter conhecimento de que a companheira estava na delegacia, bastante agitado, se apresentou e admitiu que cortou os cabelos da vítima”, disse.

O autor permanece custodiado aguardando transferência para o sistema penitenciário. Já a vítima foi submetida a exame de corpo de delito, cujo resultado foi positivo para lesão corporal.

TEM QUE DENUNCIAR

Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, a delegada Carla Ferrão defendeu que é fundamental a importância da denúncia. “Sabemos que não se trata apenas da violência física, pois muitas vezes antes de chegar a esse patamar, começam as agressões verbais, ameaças, xingamentos. É uma crescente, que vai aumentando com o passar do tempo”, comentou a delegada.

A policial disse ainda que é muito importante que a vítima o quanto antes denuncie, para que a Polícia Civil possa interromper esse ciclo de violência, através de deferimento de medidas protetivas, como o afastamento do agressor, proibição de contato com a vítima e até mesmo a prisão do mesmo. Ela frisa que infelizmente essas agressões podem chegar ao feminícidio: o agressor por em fim a vida da vítima. “Então antes que chegue a esse ponto, o pior do cenário, é preciso que essa mulher se conscientize e denuncie. Até mesmo pessoas próximas podem informar também. Qualquer pessoa que saiba desse tipo de crime pode contribuir para que um mau maior não aconteça”, concluiu a nova delegada da Deam de Angra dos Reis, que assumiu no dia 21 de dezembro do ano passado, vindo da Deam de Nova Friburgo.

Em Angra, qualquer mulher vítima de violência, seja ela física, psicológica ou emocional, pode procurar auxílio do Centro de Referência Especializada da Assistência Social (24 3365-5167); do Centro de Atendimento à Mulher (180); da DEAM (24 377-4812); da Polícia Militar (190); da Central de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência (21 3133-3894); da Ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro (127) ou da Defensoria Pública de Angra dos Reis (24 3365-7222).

 

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