Guterres prioriza ação contra superendividamento no pós-pandemia

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NOVA IORQUE/BARBADOS

Líderes de diversos países se reúnem até quinta-feira na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad15, em Barbados.

No encontro com o tema “Da desigualdade e vulnerabilidade à prosperidade para todos”, o secretário-geral António Guterres disse que agora é o momento para escolhas melhores na recuperação da pandemia.

Prosperidade

Discursando sobre as aspirações de desenvolvimento global e a década de ação, Guterres destacou que é preciso avançar para o fim de desigualdades que impedem o crescimento sustentável, para a prosperidade para todos e para recuperar melhor.

Nesta trilha, o chefe das Nações Unidas apontou quatro desafios que “se não forem resolvidos transformam qualquer noção de prosperidade para todos em um sonho distante”.

Primeiro, Guterres considera indispensável enfrentar o superendividamento. Em segundo, ele aponta a necessidade de mais dedicação a uma recuperação sustentável e justa para todos.

O terceiro desafio é impulsionar o comércio e o investimento, além de se garantir benefícios aos países em desenvolvimento. O quarto grande desafio para o líder das Nações Unidas é a necessidade de construir uma “economia verde global”.

Foco

O evento aborda questões da crise ressaltando oportunidades de construir um futuro mais próspero com foco no desenvolvimento, considerando a inconexão entre desafios, aspirações e ações.

Para o chefe da ONU, a expectativa é que a reunião aberta esta segunda-feira “explore novas maneiras de tolerar os erros” do passado e evitar repeti-los.

Guterres sublinhou os danos da Covid-19 à economia global como a interrupção do comércio, da indústria e do transporte. A pandemia marcou a perda de milhões de empregos e revezes na proteção social.

Pelo menos 120 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza em 2020.  Cerca de 811 milhões estão passando fome e dezenas de milhões de crianças continuam fora da escola, principalmente meninas.

Mudança do clima

O chefe da ONU lembrou que, pela primeira vez em duas décadas, o índice de desenvolvimento humano diminuiu.

Para o secretário-geral, o mundo tem meios para dar uma vacina a cada adulto e para investir na proteção dos mais vulneráveis do planeta contra uma mudança climática e segundo ele “escolhe não o fazer”.

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