Grupo da Terceira Idade de Volta Redonda se queixa da falta de material no Cras do padre Josimo

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Há onze anos de reunindo para brincadeiras, dança, jogos, roda de conversa e outras atividades, os cerca de 25 membros do Grupo da Terceira Idade Novos Sonhos, do Padre Josimo, em Volta Redonda, estão passando por dificuldade. Eles se queixam da falta de materiais diversos no Centro de Referência e Assistência Social (Cras), como papel higiênico, ar condicionado, copo descartável, banheiro entupido e outros.

Um, dos membros do grupo, o aposentado Sebastião do Nascimento, o “Sebastião Botinha”, de 75 anos, há um ano o bebedouro quebrou e até agora nada. Segundo ele, só depois que eles falaram que iriam denunciar o descaso à imprensa é que foram informados que um bebedouro novo seria comprado para substituir o velho. “Há um ano estamos trazendo água de casa, copo descartável e papel higiênico, pois aqui não temos nada. É uma vergonha, pois está faltando o material básico. Para se ter uma idéia, trazemos água de casa, mas quando está muito calor pedimos aos vizinhos mais próximos. Está uma vergonha”, reclamou.

Sebastião Botinha lembrou ainda que, por causa desses problemas, o grupo era formado por cerca de 100 pessoas, hoje, são apenas 25. Contou também que papel higiênico para o banheiro é outra coisa que falta constantemente. “Isso foi desanimando as pessoas que acabaram deixando o grupo. É uma pena, pois essas atividades nos ajuda muito, pois já estamos de idade e não podemos ficar em casa só vendo televisão. Quando estamos parados os problemas de saúde aparecem. Por isso, essas reuniões são importantes para todos nós, mas parece que a nossa atual administração não pensa assim”, se queixou.

OUTROS PROBLEMAS

O aposentado lembrou ainda que até o ar condicionado do espaço está sem funcionar há mais de um ano. Como Sebastião, outros membros do grupo se queixaram também do corte das viagens que eles faziam. “Até as nossas viagens anuais foram canceladas. É uma pena, pois a cidade não oferece nada para os idosos e o pouco que tem estão tirando”, reclamou o aposentado, lembrando que não acredita que a prefeitura não tenha dinheiro para comprar papel higiênico e para colocar um bebedouro novo no local. “É triste saber que daqui uns dias um grupo que tinha mais de cem pessoas acabe. Todos estão desanimando e deixando o grupo. É uma pena”, lamentou.

Sebastião disse também que não culpam os funcionários do Cras pela falta de material, pois eles também são vítimas. “Antes participávamos de comemorações no Dia das Mães e dos Pais, hoje não temos nada disso. É uma vergonha. Há onze anos fazemos parte do grupo. É triste acabar assim”, concluiu o aposentado.

 

 

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